Herbie Hancock segue a tendência dos grandes mestres jazzistas e cai de cabeça no jazz rock/fusion em 1973 ao lançar Head Hunters.
Entupido de muito groove e funky, o pianista e tecladista agrupou uma nova turma, The Headhunters, para fazer um novo album de uma série de discos experimentais.
Fez uso do sempre incrível Fender Rhodes Piano e mais alguns brinquedinhos sintetizados para elaborar a sonoridade do disco, além é claro, do baixo gordo e funky de Paul Jackson, da batera de Harvey Mason e percusssão de Bill Summers, e dos sopros de Bennie Maupin.
Ignorância ou falta de interesse de minha parte em não ter pesquisado e conhecido esse Herbie Hancock antes, em especial Head Hunters.
Cada minuto de música é uma nova surpresa e a sensação de liberdade é imediata: estou liberto do rock, do blues, do metal e de tudo mais. Isso é fusion e as palavras são os fraseados de cada instrumento, portanto cada ouvinte interpreta e compreende da maneira que bem quiser a mensagem de Hancock, ainda mais por se tratar de um album com apenas quatro músicas onde as idéias se multiplicam para formarem várias músicas sob um único título.
Não há pureza maior do que a música instrumental, ainda mais quando o album em questão é Head Hunters, um trabalho agradabilíssimo e genial de Herbie Hancock.
Hoje compreendo de maneira melhor o jazz em geral e seus apreciadores: a liberdade do estilo faz seus ouvintes afundarem em seus pensamentos e entendimento, tamanha liberdade para interpretação que o estilo proporciona.
Impossível destacar uma única música de um album que "só" tem quatro, mas finalizo a resenha ouvindo Sly.
Valeu Marcelo "Bola" por ter me apresentado esse petardo!