segunda-feira, 28 de julho de 2008
Medeski Martin And Wood - Shack-man
Fake. Medeski Martin And Wood é algo absolutamente fake.
Não sei qual é a sua e nem estou afim de saber. Se está aqui, lendo essa postagem é porque está à procura de algo especial, correto? Então vamos nessa, mais uma vez.
Medeski Martin And Woood representa uma nova-velha geração jazzística; intuitivamente e inexplicavelmente, esses três norte-americanos de New York despontaram no meio musical ainda nos anos 90, chamando a atenção de velhos conservadores apreciadores de jazz e também da nova turma, representados por jovens músicos e aficcionados pelo estilo, em geral.
Sejamos francos: particularmente não manjo porra nenhuma de jazz. O pouco que conheço tento compartilhar com vocês, amigos do Câmara.
Rezo para não ficar velho e sofrer de "colecionite" (pessoas que não compartilham MP3 e outras mídias) e nos privar de maravilhas como essas.
Portanto, se você é daqueles sujeitos que sofrem de colecionite, caia fora daqui: o Câmara de Eco tem como finalidade principal divulgar a boa música e compartilhar arquivos. Acho que estou muito ácido nessa semana. rsrs
Bem, o prato principal do Medeski Martin And Woood é o órgão Hammond, claro. Mas, como já citado aqui em alguma outra postagem, vale ressuscitar o espírito do bom e velho John Cage, precursor do "teclado modificado", onde John Medeski deve ter se inspirado, pelo menos um pouco.
John Medeski é um gênio das teclas: experimentalista ao extremo, dá o tom e a melodia ao som do trio enquanto o baixista Chris Wood e o baterista Billy Martin se encarregam de conduzir o tema do trio, fazendo a "cama" para Medeski desfilar sons e timbres inovadores e viajantes.
Sim, Medeski Martin And Woood consegue inovar em plenos anos 2000's, tamanha possibilidade e recursos que esse maldito e idolatrado Hammond B3 proporciona.
Será preciso duzentos anos de musicália e ainda assim os tecladistas não terão explorado todos recursos e possibilidades desse monstro chamado Hammond B3.
O trio desfila ousadia, groove e muito, mas muito experimentalismo, a cargo de nosso querido John Medeski.
O cara esbanja técnica e ao mesmo tempo simplicidade em Lifebood, por exemeplo. Mas não para por aí: escute o baixo envolvente e a bateria onipresente de Billy Martin em Jelly Belly.
Se você é apaixonado pelos timbres alucinantes, vibrantes e empolgantes de um bom e velho órgão Hammond, não deixe de ouvir essa pérola raríssima de Medeski Martin And Woood: Shack-man (1996).
Termino essa postagem ouvindo Think.
All That Jazz!!
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