Os cariocas do Panaceah lançaram seu primeiro trabalho demo, Spiral Of Time, em 2005. De fato, o disco ficou tão bacana que é até difícil encará-lo como uma demo, tamanha qualidade das músicas em sua produção e gravação.
A banda apresenta um mix bem equilibrado entre o metal, AOR e o progressivo, mas não se apega a rótulos, afinal de contas o que importa mesmo é ouvir e apreciar o som produzido pelo grupo.
Portanto, deve agradar aos amantes do metal e também do progressivo, por sua técnica, execução e qualidade individual de cada integrante.
Atualmente o Panaceah é formado por Frank Donatto e Julio Cebali (guitarras), Rodrigo Dussak (baixo), Américo Mortágua (bateria), Marcos Larbos (vocais) e Raphael Hefisto (teclados).
Em um bate-papo legal, o excelente baixista Rodrigo Dussak nos conta um pouco sobre as diretrizes da banda, sua formação e os próximos passos do grupo.
Além disso, cedeu Spiral Of Time para que os amigos do Câmara possam curtir o som do grupo.
1. Alguns integrantes do Panaceah tiveram passagens por outras bandas bem conhecidas no urderground. Até que ponto essa experiência influenciou o som do grupo?
Acredito que a mais redundante seja do nosso vocalista Marcus Larbos, tendo gravado um CD com a banda de progressivo Cactus Peyotes, algum tempo atrás. Na verdade esse foi o início do Panaceah pois tanto o Marcus Larbos quanto o Daniel Lamas (guitar do Cactus Peyotes e guitarrista/tecladista no Spiral of Time), tinham vontade de fazer algo um pouco mais comercial, com toques de AOR, sem deixar de lado a origem do progressivo e alguns toques de rock mais pesado. A pouco tempo também tivemos a entrada do nosso novo baterista, Américo Mortágua (Expanse, Purgatory, Mustang, Usina Le Blond, Nemesis e Dorsal Atlantica), e vem tocando em vários projetos de diversos estilos diferentes, o que só tem a agregar qualidade ao som do Panaceah.
2. Como encontrar o equilíbrio desejável entre o peso do metal e a influência do progressivo sem reproduzir a mesma fórmula de muitas outras bandas atuais?
Principamente por não nos enxergarmos como uma banda de prog metal e sim uma banda de progressivo, com várias influências de estilos que podem variar desde rock/pop até clássico, new age, world music, etc. É claro que isso pode e vai variar de trabalho para trabalho. Por exempo: nosso próximo álbum virá com mais influências de música pesada e isso reflete principalmente a formação que estamos no momento e o que acreditamos ser a forma de nos expressarmos através da múscia, mas com toda certeza para um próximo trabalho, vamos trazer algo diferente de Spiral of Time e o segundo que estamos em fase de composição, pois nossa intenção é de sempre fazer um trabalho diferente do outro, mantendo a essência da banda.
3. O Panaceah se destaca entre as bandas do eixo prog metal pois apresenta um belo trabalho de harmonia, principalmente a cargo das guitarras. O público os vê como uma banda de rock progressivo com peso ou uma banda de metal com fortes influências progressivas?
Primeiramente obrigado pelo elogio! Para lhe dizer a verdade, queremos que nossa música seja considerada somente pela sua qualidade, não por algum tipo de análise sobre que tipo de música ela é ou que tipo de rótulo você colocará nela. Gostamos de pensar que o público nos vê como uma banda de Rock e você pode escutar e viajar através de vários estilos como o progressivo, o hard, o metal o pop... Múscia na minha opinião é estado de espírito e queremos passar isso através da nossa música. Se você estiver com raiva, poderá escutar algo como Seven Mirrors ou Tuareg, se você estiver numa linha mais calma, Treasures and Tales, se tiver afim de ouvir algo mais técnico, Fiat Lux, algo mais anos 80, New Messiah e por aí vai...
4. Daniel Lamas faz um trabalho primoroso na banda, usando inúmeros timbres vintage. Aliás, há um solo de teclado incrível em Spiritual Alchemy, lembrando até os bons tempos de Tony Carey no Rainbow. Como você vê e assimila a importância desses teclados no som do grupo?
Mais uma vez obrigado! O trabalho do Daniel é, na minha opinião, espetacular! Ele consegue trazer todo aquele feeling dos 70' e 80', mas com uma técnica absurda e com um bom gosto incrível na timbragem dos seus teclados nas gravações do CD. Estamos muito felizes por ter alguém de tanto talento em um disco nosso. Acredito que a importância dos teclados no Panaceah esteja no mesmo patamar das guitarras, vocais, e etc, pois essa é uma parte do estilo da banda e também o que nos diferencia das demais do estilo, pois, como dito anterirmente, nosso teclado está muito calçado nos anos 70' e 80' e isso faz com que seu som seja tão peculiar e percebido no disco.
5. O que o público pode esperar do próximo trabalho? Você poderia nos dar alguma prévia do direcionamento musical?
Já temos 8 músicas prontas: Ride Serpent Rise, Sortilege, Mantis Prayer, Siberian Train, Anathema, Invisible Chains, Caterpillar In Transe e Dead Woman Dance. Estamos em um direcionamento mais pesado, mais dark, principalmente pela formação de hoje. Estamos com duas guitarras e isso colabora para uma temática mais pesada e uma harmonia mais densa, porém sem deixar de lado os teclados que tanto caracterizam nosso som. Outra grande mudança foi de como estamos compondo: no primeiro CD todas as múscias eram do Marcus e do Daniel. Para esse trabalho, o processo ficou mais centralizado entre o Marcus e eu devido a constante mudança dos integrantes, o que fez com que a nova formação implementasse várias boas idéias nas músicas já prontas. Para o próximo trabalho, com certeza a formação de hoje fará a composição de uma forma mais homogênea, mas sempre quando existe mudança no processo de composição, o som tende a mudar um pouco. É natural.
6. Quero agradecer imensamente sua atenção e dizer, sem exageros, que é uma honra e gratificante ver uma banda como Panaceah com um trabalho muito bem calcado e desenvolvido aqui no Brasil. Esse espaço é para suas considerações finais.
Obrigado a você pelo espaço e espero que todos que acessem ao site gostem de nossa música!
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Para obter maiores informações sobre o Panaceah, acessem o My Space da banda ou o Orkut: Comunidade panaceah.