Me perdoem os fãs de Doors e espero não ser linchado por isso, mas colocaria Doors, Kiss e Queen (com exceção dos dois A Day.. e A Night...) na Challenger tranquilamente e isso é gosto pessoal, portanto não reproduz exatamente a qualidade e a importância de cada banda mencionada.
Opinião pessoal, agora: o Doors era péssimo ao vivo, centralizava suas forças erroneamente na figura de Jim Morrison, um vocalista que mal conseguia parar em pé nos shows, cantava bem mas não tinha controle sobre absolutamente nada, nem em seu cachorro, o Duke. Ou seja, a banda vivia em função dele.
Alguém se importava com Ray Manzarek (teclados), John Densmore (bateria) e Robby Krieger (guitarra)? Claro que não. Todas as lentes estavam voltadas para o mimado Jim Morrison.
O cara era bom? Lógico que era, desde que sóbrio, mas essa era uma condição menos provável do que eu ou você ganharmos sozinhos na Mega Sena na próxima quarta-feira.
O pior de tudo é que ninguém pode falar mal dele em qualquer tipo de media. Parece até uma espécie de censura, "o cara é um deus e ponto final, não se fala mais nisso".
E a coisa piorou nos anos 90 quando o excelente Oliver Stone resolveu trazer para as telas do cinema a biografia da banda. Aí a coisa desandou de vez, o sujeito virou mártir.
Serei muito sincero: prefiro fumar um cigarro do capeta e ouvir Snegs, do Som Nosso de Cada Dia, do que qualquer registro do Doors.
Essa postagem mostra que houve sim, vida após Jim Morrison. O trio remanescente lançou o ótimo Other Voices em 1971 e o confuso Full Circle em 1972, aí a banda quase encerrou as atividades eternamente, a não ser por seu retorno há alguns anos atrás com o vocalista do Cult, que já deixou a banda.
Aí você me pergunta: "você não gosta de Jim Morrison, correto?" E eu respondo: "não gosto, mas prefiro ver a banda tocando num palco com um 'jumbotrom" exibindo as imagens de Jim Morrison cantando, assim como fez Natalie Cole & Nat King Cole há alguns anos, do que pagar 200 paus pelo show do 'The Doors atual' em Ribeirão Preto".
Ouvir The Mosquito e The Piano Bird em CD já satisfaz bastante, mesmo sem o "mago" Jim Morrison.
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