Os princípios do Câmara de Eco.

A finalidade do Câmara de Eco é funcionar como modesta referência para aqueles que procuram novos e velhos sons, publicando informações e indicando bons trabalhos merecedores de audição mais atenta.
Da mesma forma que um amigo empresta um CD a outro, faço questão de apresentar a você, internauta amigo e amiga, boas amostras de rock, jazz, progressivo, blues e folk, e com isso, espero, possamos divulgar a música vista como forma de arte e não como um produto qualquer dentro de uma caixinha acrílica.
Abraços e boa diversão!
Lucon
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domingo, 21 de fevereiro de 2010

Bill Bruford - Rock Goes To College (DVD)


Após um hiato de seis meses, sinto falta do trabalho aqui no Câmara e, consequentemente, dos amigos e amigas que acompanham o blog, apesar de manter contato com vários deles nesse período.
Deixei um pouco de lado os downloads de discos e concentrei-me em trocar parte de minha coleção de VHS por DVD, e nesse contexto a “mãe internet” associada a uma conexão de banda larga no mínimo mais digna foi fundamental para encontrar os títulos que estava procurando, e também vários outros com qualidade de som e imagem superiores as versões que possuía há anos nas prateleiras da estante.
Nessa busca encontrei esse Bill Bruford, o qual tinha uma versão parcial e com baixa qualidade em VHS bootleg.
Após deixar o seminal U.K., Bruford formou sua própria banda contando com outro ex-U.K., o fantástico guitarrista Allan Holdsworth, o tecladista Dave Stewart e o baixista Jeff Berlin.
Aliás, se quiser ver um pouco mais de Jeff Berlin em ação, assista ao vídeo do Anderson Bruford Wakeman & Howe intitulado An Evening of Yes Music Plus.
Filmado em 1979 na Oxford Polytechnic e transmitido pela BBC na série Rock Goes to College, contou com a participação especial da vocalista e artista de vanguarda Annette Peacock.
Bruford, como sempre inovando e apresentando o mais alto nível musical, ultrapassando as barreiras do rock e obtendo grande êxito no jazz rock.
Impressionante é a quebradeira e empolgação da última música, 5G, onde o desempenho da banda é de deixar qualquer fã de queixo caído.
Muito interessante também é a versão de Sahara of Snow, música que o U.K. chegou a tocar ao vivo em sua formação original.
O DVD possui cerca de 45 minutos de duração e seus direitos foram cedidas pela BBC à Voiceprint, selo responsável por inúmeros lançamentos de valor inquestionável.
Boa diversão!

sábado, 8 de agosto de 2009

John Wetton - Agenda


John Wetton é um sujeito mais rodado que pneu de Brasília, tocou baixo e cantou em inúmeras bandas de expressão como Family, King Crimson, Uriah Heep, U.K., Asia, entre inúmeros projetos e participações especiais em trabalhos de outros músicos.
Sua passagem pelo Crimson entre 1972 e 74 talvez seja a mais marcante em sua carreira, em uma época que a banda se destacava no cenário musical por seus improvisos furiosos e por sua sonoridade à frente de seu tempo.
Mas não parou por aí. Em 1978 integrou o U.K., uma das últimas formações de respeito do cenário progressivo da década de 70, e teve ótimo desempenho no pop-rock-bem-feito do Asia, durante a década de 80.
Em 1998 apareceu no excelente disco ao vivo Tokyo Tapes, do guitarrista Steve Hackett e em 2003 lançou Agenda, excelente trabalho gravado ao vivo na Polônia com sua banda solo: Steve Christey (bateria), John Mitchell (guitarra) e Martin Orford (teclados).
Agenda é um excelente compêndio das melhores fases de sua história, em versões emocionantes e competentes de Easy Money, Red e Starless, do Crimson, In The Dead Of Night e Randezvous 6:02, do U.K., entre várias outras tão legais quanto.
Esse cara é mais um de minha lista para quem tiro o chapéu sem pensar duas vezes: há alguns anos passou por sérios problemas causados pelo alcoolismo, conseguiu se reabilitar e está aí vivo e presente, trazendo alegria para seus fãs.

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quarta-feira, 6 de maio de 2009

U.K. - Live In Boston




O U.K. é uma de minhas formações preferidas e tenho grande admiração por esses caras por terem surgido numa época em que o rock progressivo estava em franco declínio, apesar de seus integrantes já terem um background violento. Além disso, lançaram seu primeiro álbum homônimo em 1978 tendo Allan Holdsworth como guitarrista. Esse, para mim, foi o ponto crucial desse maravilhoso álbum, talvez o melhor exemplo da junção rock progressivo + fusion.
Inicialmente um bootleg, Live In Boston (também conhecido como Concert Classics Vol. 4) foi lançado oficialmente em 2007 com qualidade sonora perfeita e apresenta nos palcos o poder de fogo de John Wetton (baixo/vocais), Bill Bruford (bateria) e Eddie Jobson (teclados/violino), além do guitarrista citado.
Apesar do setlist baseado no disco de estréia, já tocavam três músicas que só sairiam no álbum posterior (Danger Money, de 1979) e são elas The Only Thing She Needs, Carrying No Cross e Caesar's Palace Blues.
Só o fato de podermos ouvir Holdsworth e Bruford tocando juntos ao vivo, em plenos anos 70 e em uma banda progressiva de respeito, já vale a audição.

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segunda-feira, 13 de abril de 2009

Yes - Yessongs

Levando-se em consideração que Pictures At An Exhibition (1971) do ELP é um álbum ao vivo com material inédito e que Ummagumma (1969) do Pink Floyd é “meio ao vivo”, pois não passou de uma boa farsa da banda, podemos dizer que entre os grupos de rock progressivo considerados “grandes”, o Yes foi o primeiro a lançar seu álbum ao vivo, em 18 de maio de 1973.
Gravado durante a turnê de 1972 do álbum Close To The Edge (1972, um de seus maiores sucessos), apresenta uma coleção de músicas pautadas nos três últimos lançamentos da banda e o mais legal, foi lançado em LP triplo na época, dando a noção exata de como era uma apresentação completa da banda, apesar de ter sido gravado em datas e localidades diferentes e até por conter bateristas diferentes, pois foi nessa turnê que o baterista original, Bill Bruford, deixou o grupo para integrar a nova formação do King Crimson, sendo substituído pelo ex-Plastic Ono Band, Alan White.
Apesar da pompa e alguns exageros característicos da banda, Yessongs é uma verdadeira viagem musical e astral, e retrata muito bem a exuberância, harmonia e complexidade de suas músicas, como também a extrema técnica de seus integrantes.
O guitarrista Steve Howe com suas incursões acústicas e improvisos, e o megalomaníaco tecladista Rick Wakeman, conviviam muito bem no disputado universo musical do Yes. Yessongs retrata muito bem essa fase de equilíbrio e o que se viu depois foram altos e baixos pelos quais o grupo passou nos anos seguintes.
Wakeman entrou no grupo com fama de superstar e ainda não sofria de ataques rococós, tinha um espaço só para ele onde fazia um medley de seu primeiro álbum solo, The Six Wives Of Henry VIII (1973), enquanto o baixista Chris Squire roubava a cena com seu magistral solo em The Fish (Schindleria Præmaturus).
Jon Anderson com sua voz celestial completava perfeitamente os devaneios e loucuras musicais (no bom sentido) do grupo.
Não posso deixar de citar o belíssimo trabalho gráfico do artista plástico Roger Dean que ilustrou vários trabalhos do grupo e em Yessongs cedeu várias pinturas para o encarte, além do excelente trabalho do engenheiro e produtor Eddie Offord, que soube registrar e produzir o Yes em seus primeiros anos de atividade.
Yessongs também foi parar nas telas dos cinemas ainda em 1973 e o Yes fez história com projetos tão ousados, envolvendo música, imagens e vídeo. Pura arte.


Vide comentários.

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Bill Bruford - Gradually Going Tornado







Após uma rápida passagem pelo U.K., porém marcante, Bill Bruford lançou-se em uma bem-sucedida carreira solo, conquistando muito respeito entre o apreciadores e músicos de jazz-rock e fusion.
Formou sua própria banda, Bruford, e em 1980 lançou seu terceiro álbum intitulado Gradually Going Tornado, que contava com um time de primeira: o espetacular baixista Jeff Berlin, o tecladista Dave Stewart e o guitarrista John Clark.
Músicas densas e inteligentes, virtuosismo frenético e técnica peculiar contrastam com o vocal sem expressão de Jeff Berlin. Talvez esse um charme a mais nesse tabalho pois sua voz caiu como uma luva no som de Bruford, contrastando com toda a massa sonora de Gradually Going Tornado.
Age Of Information, Gothic 17 e The Sliding Floor representam bem esse contraponto entre uma banda soberba e um vocalista bastante cauteloso, mas não menos genial.
Plans For J.D. é agradabilíssima, a mais tranquila do album digamos assim, e Land's End fecha o trabalho com chave de ouro. Uma peça instrumental de mais de dez minutos, cheia de nuances e espaço para todos os músicos apresentarem suas habilidades incríveis, e como todo o album, muito equilibrada.

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quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Allan Holdsworth - I.O.U.























Allan Holdsworth é um guitarrista que ainda estou descobrindo, apesar de conhecer seu trabalho com o U.K. há um bom tempo.
Depois de ter colaborado com Soft Machine, Gong, Bill Bruford e etc. gravou I.O.U. em 1982 de maneira independente.
O disco acabou chamando a atenção de Mo Ostin, executivo da Warner Bros., através do guitarrista Eddie Van Halen, que chegou a tocar em dois shows da turnê de I.O.U.
Dono de estilo personalíssimo, veloz e criativo, Allan Holdsworth tem destaque especial entre os vários guitarristas de jazz-rock/fusion de sua geração, conseguindo renovar um estilo bastante saturado de idéias e músicos engajados no ideal de tocar jazz-rock.
Allan Hodsworth conseguiu aquilo que parecia quase impossível, ou seja, criar uma nova maneira de tocar guitarra dentro do próprio jazz-rock.
Ouça músicas como The Things You See (When You Haven't Got Your Gun), White Line ou Letters Of Marque e verá que o talento quase infinito de Holdsworth somado a voz maravilhosa de Paul Williams, ao baixo desconcertante de Paul Carmichael e a bateria marcante de Gary Husband poderá lhe transportar a um novo universo dentro do estilo.

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quinta-feira, 20 de dezembro de 2007

U.K. - U.K. (re-post 11/08)











Em setembro de 1976, o vocalista e baixista John Wetton e o baterista Bill Bruford, ex-integrantes do King Crimson, planejavam formar uma banda com o tecladista Rick Wakeman. O projeto foi "melado" pela gravadora de Wakeman, na época a A&M Records.
Determinados a trabalhar em conjunto, Bruford e Wetton recrutaram o tecladista e violinista Eddie Jobson, conhecido pelo seu trabalho com o Roxy Music, e o guitarrista Allan Holdsworth, ex-Soft Machine e Gong. U.K. lançou seu auto-intitulado álbum em 1978, chamando a atenção tanto dos fãs de progressivo quanto os de jazz e fusion.
Músicas como "In the Dead of Night", "Thirty Years", "Nevermore" e "Mental Medication" caíram como uma luva numa época em que o rock progressivo havia caído no limbo, esmagado pelo movimento punk e pela disco music. Muitos músicos nequele período recorreram a uma fusão com o jazz e o fusion, para tentar alavancar suas carreiras, tendo em vista que estes eram estilos emergentes e a cada dia ganhavam novos adeptos e ouvintes.
No caso do U.K. foi uma jogada certeira pois a banda partiu para algumas turnês bem sucedidas e seu sucesso de público e crítica foi imediato. No entanto, após excurção pelos EUA entre junho e outubro de 78, divergências musicais entre os músicos levaram a saída de Bruford e Holdsworth, que partiram para novos projetos em conjunto, mas isso é uma outra história...
Sem guitarrista, a banda contou com Terry Bozzio na batera, e como trio lançaram o segundo álbum, "Danger Money", que mais perecia um embrião sonoro do futuro Asia, e na sequência um disco ao vivo, "Night After Night".
Compre, tome emprestado, roube ou faça download desse álbum!! Isso é item obrigatório na prateleira de qualquer ser-humano que use pelo menos 0,0000007% da massa cinzenta.

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