Magnification (2001) é o melhor álbum do Yes desde os dois Keys To Ascension (1996 e 1997).
Sem Tony Kaye, Rick Wakeman, Igor Khoroshev ou qualquer outro tecladista, o Yes surpreendeu ao contar com uma orquestra conduzida e arranjada por Larry Groupe.
Esse disco é simplesmente maravilhoso, está no mesmo patamar de Fragile, Close To The Edge ou Relayer, sem exageros. É um clássico imediato do Yes que devia aos fãs um disco realmente nota dez, desde os tempos de Talk (1994).
Yes anos 80, esqueça. Só serviu para manter o nome em evidência, caso contrário seriam mais uma banda a ingressar no museu do rock progressivo. A coisa começou a mudar com Anderson Bruford Wakeman & Howe (1989) e, apesar de alguns discos medianos, o Yes criou vergonha na cara e voltou a ser "aquele" Yes que todos nós esperávamos. Muito se deve ao retorno de Steve Howe em 1996, um verdadeiro monstro da guitarra. Aliás, Steve Howe rouba a cena em Magnification. Também, como não há teclados, as harmonias e solos sobraram todos para ele.
O interessante e genial é que a orquestra preenche os espaços que seriam de um eventual teclado, e isso meu camarada matou a pau nesse disco.
Desde Time And A Word (1969) o Yes não gravava um disco inteiro com orquestra e foi um presentão para nós, ainda mais quando a turnê também contou com várias orquestras e o tecladista Tom Brislin, em seus 69 shows em seis meses.
Sinto orgulho ao ouvir a banda em músicas como Spirit Of Survival, Magnification, a belíssima Give Love Each Day, a pequena suite In The Presence Of e Can You Imagine, cantada por Chris Squire e relembrando os ótimos momentos de Fish Out Of Water (1975).
Vida longa à música do querido Yes, uma banda surpreendente e um dos maiores baluartes do rock progressivo.
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