Os princípios do Câmara de Eco.

A finalidade do Câmara de Eco é funcionar como modesta referência para aqueles que procuram novos e velhos sons, publicando informações e indicando bons trabalhos merecedores de audição mais atenta.
Da mesma forma que um amigo empresta um CD a outro, faço questão de apresentar a você, internauta amigo e amiga, boas amostras de rock, jazz, progressivo, blues e folk, e com isso, espero, possamos divulgar a música vista como forma de arte e não como um produto qualquer dentro de uma caixinha acrílica.
Abraços e boa diversão!
Lucon

segunda-feira, 28 de julho de 2008

Family - Fearless






















Um album simplesmente brilhante! Um dos melhores trabalhos de progressivo que já ouvi e que pode agradar a gregos e troianos.
Fearless é um mix de rock, folk, progressivo e experimentalismo, confirmando o Family como um grupo totalmente avant-garde, ultrapassando os limites tradicionais do rock and roll e avançando sobre o território desconhecido, tal qual um front militar em uma batalha decisiva.
Tão decisivo foi a proposta musical do Family, que sua carreira não durou mais que seis anos, dissolvendo-se em 1973, talvez por brigas internas ou pela constante mudança de formação, não sei ao certo.
O fato é que seus trabalhos são excelentes, verdadeiras obras-primas, em especial Fearless, com sua coleção de pérolas, como Larf and Sing, Spanish Tide, Take Your Partners e a linda Burning Bridges.
Há de se ressaltar a grande colaboração do sempre polivalente baixista e vocalista John Wetton, decisivo na criação e execução de Fearless e que, mais tarde, emprestou seu talento ao King Crimson, em sua fase mais visceral e avassaladora (1972-74).
Mas não foi apenas Wetton o responsável por essa maravilha: ao seu lado estavam o grande Roger Chapman (vocais e outros), mentor e líder dessa família, sujeito absolutamente maluco (basta ver a apresentação da banda no festival da ilha de Wight, em 1970), Charlie Whitney (guitarra e outros), John Palmer (teclados e outros instrumentos que contenham pelo menos uma tecla) e Rob Tonwsend (bateria).
Viaje mais uma vez por uma perspectiva musical diferente e muito agradável, sem aquela nóia característica do progressivo latente. Procure também por A Song for Me (1970) e It's Only a Movie (1973).
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