Miles Davis reinventou o jazz em três épocas distintas: na década de 50, quando promoveu novas investidas na maneira de tocar o jazz standart, nos anos 80, quando uniu o jazz à musica pop e na virada dos anos 60 para os 70, quando eletrificou o jazz e lançou as bases do que viria a ser chamado, algum tempo depois, de jazz rock/fusion. Entre os anos de 1969 e 1971 Miles Davis lançou respectivamente "In A Silent Way", "Bitches Brew" e "A Tribute To Jack Johnson", três albums fundamenteais e extremamente importantes na história e evolução do jazz e da própria música conteporânea.
Inúmeros músicos participaram das gravações desses albums e parece que onde Miles colocou suas mãos tornou-se vinho, tamanha importância e influência de sua obra no mundo da música e nos próprios músicos que com ele trabalharam. Uma lista extensa poderia ser citada mas dentre os vários nomes que participaram desses três discos, aqui estão Wayne Shorter (saxophone), John McLaughlin (guitarra), Herbie Hancock e Chick Corea (piano elétrico), Joe Zawinul (órgão), Tony Williams, Jack DeJohnette e Billy Cobham (bateria).
Miles desenvolveu seus trabalhos muitas vezes à partir de grandes jam sessions dentro do estúdio, elaborando grandes peças musicais, estruturas intrincadas e uma vasta base para seus maravilhosos solos, experimentendo alguns efeitos no som do trompete e dando total liberdade para que os músicos pudessem imprimir suas marcas e identidades à sua música.
Após sua fase, digamos acústica, Miles abriu novas possibilidades para o jazz quando decidiu eletrificar sua música e experimentar novos formatos de arranjo e composição, mudando para sempre a história da música conteporânea, tão importantes quanto as obras de Stockhausen e Stravinsky.
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