Os princípios do Câmara de Eco.

A finalidade do Câmara de Eco é funcionar como modesta referência para aqueles que procuram novos e velhos sons, publicando informações e indicando bons trabalhos merecedores de audição mais atenta.
Da mesma forma que um amigo empresta um CD a outro, faço questão de apresentar a você, internauta amigo e amiga, boas amostras de rock, jazz, progressivo, blues e folk, e com isso, espero, possamos divulgar a música vista como forma de arte e não como um produto qualquer dentro de uma caixinha acrílica.
Abraços e boa diversão!
Lucon

sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

Robert Fripp - Exposure


















Robert Fripp, o incrível mentor e líder do legendário King Crimson, partiu para a carreira solo e projetos pessoais como a difusão do Frippertronics e laboratórios musicais, mais conhecidos hoje em dia como workshops, onde Fripp explicava e demonstrava algumas técnicas desenvolvidas por ele e o uso de loops de tapes de rolo, que desenvolveu ao lado de Brian Eno, e batizou de Frippertronics.
Exposure (1979) é tão importante quanto todo seu trabalho junto ao King Crimson, entre 1969 e 1974. É simples e vou explicar minha opinião: quando Fripp mudou-se para Nova Iorque em 1977, entrou em contato com as novas cenas emergentes, como o punk rock e a new wave.
Isso foi determinante para a saúde e desenvolvimento de sua carreira e para a futura reestruturação do King Crimson 80's, que começou com seu embrião, o Discipline em 1980.
Fripp incorporou à sua música elementos desses movimentos citados mais a sua experiência pessoal com os últimos anos de King Crimson para fazer Exposure, um álbum perfeito, em princípio de difícil digestão mas que pouco a pouco vai conquistando o ouvinte com sua massa sonora e idéias geniais e inovadoras de nosso guitarrista.
Além do fato de que Fripp contou com uma turma legal para fazer Exposure, como Peter Gabriel, Peter Hammil, Terre Roche e Daryl Hall (vocais), Phil Collins e Narada Michael Walden (bateria), Tony Levin (baixo) e Brian Eno (teclados).
Exposure é um mix de progressivo latente, sonoridade pesada e caos, como em Disengage, NY3, I May Not Have Had Enough Of Me But I've Had Enough Of You (minha preferida), e músicas mais atmosféricas ou experimentais, como North Star, Here Comes The Flood (cantada por Peter Gabriel e regravada por ele tempos depois), Mary e Exposure, a mais pirada de todas, com uma batida constante, cheia de loops e o vocal incômodo (no bom sentido) de Terre Roche.
Sem mais palavras, o álbum é genial e vale a pena conferir uma amostra do que Robert Fripp andou fazendo após a primeira hibernação do King Crimson.

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