Os princípios do Câmara de Eco.

A finalidade do Câmara de Eco é funcionar como modesta referência para aqueles que procuram novos e velhos sons, publicando informações e indicando bons trabalhos merecedores de audição mais atenta.
Da mesma forma que um amigo empresta um CD a outro, faço questão de apresentar a você, internauta amigo e amiga, boas amostras de rock, jazz, progressivo, blues e folk, e com isso, espero, possamos divulgar a música vista como forma de arte e não como um produto qualquer dentro de uma caixinha acrílica.
Abraços e boa diversão!
Lucon

sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

Jimi Hendrix Experience - Electric Ladyland





































É muito difícil para mim, falar de Jimi Hendrix. É como se eu falasse de um irmão que se foi a muito tempo.
Não sei se estou exagerando, mas quando escrevo no Câmara é mais do que um canal de comunicação para mim: quero compartilhar com as pessoas que falam a língua portuguesa tudo aquilo que sinto em relação a música.
Mais do que simplesmente disponibilizar um link para download, gostaria que mais e mais pessoas desfrutassem dos prazeres da audição que um bom álbum proporciona.
Electric Laydland (1968) é muito mais que um "bom álbum", é "o álbum".
Talvez, o mais importante da música pop. Digo música pop para diferenciar entre os gêneros mais conhcidos, como o jazz e o erudito.
Para mim, Jimi Hendrix é tão importante quanto Miles Davis é para o jazz ou Tchaikovsky para a música erudita.
Para mim existem dois mundos: aquele antes de Jimi Hendrix e outro após Jimi Hendrix.
Muito mais que um excelente guitarrista, Jimi Hendrix foi o visionário, o experimentalista, o inovador, o cara bacana que todos gostavam.
Abaixo de toda sua humildade estava o ser-humano, explorado pela indústria fonográfica e do show business, tendo que fazer trezentos shows em um único mês para saciar o ganância de seus empresários.
Isso matou Jimi Hendrix, foi a corda que jogaram para ele se enforcar, e isso dói.
Podíamos tê-lo até hoje não fosse a falta de planejamento e sensibilidade de seus managers.
Isso se reflete claramente em Electric Ladyland, um álbum planejado até certo ponto e que após, veio o improviso em todos os sentidos, para complementar o trabalho.
Histórias e mais histórias permeiam o mundo da música mas a de Electric Ladyland pode ser a mais bela e a mais triste. São vários capítulos que contam a construção desse disco, como o episódio em que Hendrix descobriu que o motorista de um táxi era percussionista e convidou o sujeito para fazer umas jams no estúdio com ele... ou a de Noel Redding que abandonou as sessões de gravação insatisfeito com tanta esbórnia que rolava... enfim, nada que não esteja relatado no vídeo Classic Albums: Electric Ladyland.
Não vou citar nenhum destaque desse trabalho, apenas aquelas músicas que mais me tocam, como Have You Ever Been (To Electric Ladyland), Voodoo Chile, Burning The Midnight Lamp, 1983...(A Merman I Should Turn To Be) e Still Raining,Still Dreaming.
Me desculpe pela falta de informações adequadas sobre o disco, mas se você quiser obtê-las de maneira completa, assista ao vídeo mencionado ou acesse o Wikipedia.
Agora, se você quiser descobrir esse diamante do mundo da música conteporânea, acesse o link, baixe-o e deguste com atenção e coração. Faça isso porque nada melhor que escutá-lo do que ficar lendo uma resenha medíocre. Tenha sua própria impressão a respeito.
Enquanto escrevo para o Câmara, estou ouvindo 1983 e não entendendo como esse cara desapareceu de nosso mundo... existem coisas que ninguém pode explicar e a ausência faz doer.
Obs.: detesto a capa que a família Hendrix diz ser a planejada por Hendrix. Prefiro essa original com a mulherada pelada, claro.
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