Os princípios do Câmara de Eco.

A finalidade do Câmara de Eco é funcionar como modesta referência para aqueles que procuram novos e velhos sons, publicando informações e indicando bons trabalhos merecedores de audição mais atenta.
Da mesma forma que um amigo empresta um CD a outro, faço questão de apresentar a você, internauta amigo e amiga, boas amostras de rock, jazz, progressivo, blues e folk, e com isso, espero, possamos divulgar a música vista como forma de arte e não como um produto qualquer dentro de uma caixinha acrílica.
Abraços e boa diversão!
Lucon

sábado, 30 de maio de 2009

Ibis - Ibis




































O Ibis é uma boa banda italiana de rock progressivo, com influências do hard britânico e pautado nos teclados de Maurizio Salvi e na voz aguda de Nico Di Palo, que também comandava as seis cordas.
O time que gravou Ibis, terceiro e último álbum do grupo lançado em 1975, era completado por Frank Laugelli (baixo), Renzo Tortora (guitarra) e Pasquale Venditto (bateria).
Apesar de ser considerado seu melhor trabalho, o grupo se desfez ainda em 75 e Nico Di Palo, juntamente com Gianni Belleno, batera da primeira formação do Ibis, retornaram à sua antiga banda, o New Trolls.
Não é um trabalho por excelência, mas ainda assim é bem interessante, tem seus momentos de genialidade como em Strada e Keep On Movin', por exemplo. Na verdade, sou um tanto suspeito para esse tipo de indicação pois não sou lá muito fã da perna italiana do rock progressivo, ainda prefiro as do Reino Unido e algumas da Alemanha, mas isso é apenas gosto pessoal, não é nenhuma crítica que tire o mérito da músicália daquele país.

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Indian Summer - Indian Summer




Outra pérola perdida no tempo e no espaço: Indian Summer.
Quarteto britânico formado em 1969 por Malcolm Harker (baixo), Paul Hooper (bateria), Bob Jackson (teclados) e Colin Williams (guitarra e vocais).
A referência mais importante da banda é que seu manager, Jim Simpson, também trabalhou com o Black Sabbath no começo de carreira.
O único álbum auto-intitulado do Indian Summer só foi lançado em 1971 e apresenta variações muito interessantes, como a intimista Secrets Reflected e a complexidade legal de From The Film Of The Same Name.
Outras músicas também valem a audição desse prazeroso trabalho, como Emotions Of Men, Glimpse e Half Changed Again.
Essa é mais uma banda com grande potencial que bateu na trave e foi pra escanteio, infelizmente.

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The Way We Live - A Candle For Judith




Eita mundo velho sem porteira! Quanto mais vasculho as raridades dos anos 60 e 70, mais nojo tenho dessas figurinhas atuais que se denominam "músicos em busca de novas sonoridades" e que, no fim das contas, só fazem mesmo produto para a massa consumir.
Graças à Deus o passado musical do planeta é glorioso e inúmeras bandas registraram seus trabalhos porque realmente estavam descobrindo e explorando as novas possibilidades musicais em prol da própria evolução humana.
Chega de ladainha. O Way We Live é uma banda inglesa formada pelo duo Steve Clayton e o multinstrumentista Jim Milne, cuja sonoridade flerta com o rock progressivo, o folk e a música indiana, resultando no belíssimo A Candle For Judith, único trabalho do grupo lançado em 1971.
Sem sucesso comercial, o grupo mudou o nome para Tractor e se arrastou até 1977, lançando alguns singles sem nenhuma repercussão.
A história da música tem dessas: músicos e bandas que fizeram álbuns geniais e que não tiveram o reconhecimento de público e crítica e acabaram em nada.
Nada entre aspas, deixaram algumas coisas registradas para que fossem apreciadas por nós.
Isso explica um pouco, o porque deixei de ser fã de bandas e passei a me tornar um fã de discos, de trabalhos isolados.

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Satin Whale - Desert Places




































Progressivaço alemão, sem frescuras, nem viadagem. Formado por Thomas Brück (baixo e vocais), Gerard Dellmann (teclados), Dieter Roesberg (guitarra, sax, flauta e vocais) e Horst Schöffgen (bateria), lançou seu debut, Desert Places, em 1974 e se manteve bem ativo, produzindo vários discos e fazendo shows até 1981, ano em que a banda saiu de cena.
Desert Places apresenta a banda com uma sonoridade muito atraente, técnica e emocionante, sem aquelas viajens "cabeça" que não terminam em nada e que nem sabemos dizer a que veio.
Esse quarteto manda bala no progressivo objetivo e cativante, com destaque especial para o muitinstrumentista Dieter Roesberg que rouba a cena com solos e bases de guitarra muito bem feitos e com sacadas geniais, além do belo trabalho de Gerard Dellmann que mata a pau em um duelo entre o Hammond e a guitarra de Roesberg na música I Often Wondered. Imperdível!!
Esse é um dos trabalhos de progressivo alemão mais britânico que já ouvi. A última música, Perception, é uma loucura total!! Roesberg e Dellmann mais uma vez protagonizam um duelo fantástico em uma base jazz/blues. Se visse esses caras fazendo isso em um bar, morreria de coma alcoólico. Ouça logo e com o volume no máximo!

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sexta-feira, 29 de maio de 2009

Objetividade e solidez no som do Panaceah.








Os cariocas do Panaceah lançaram seu primeiro trabalho demo, Spiral Of Time, em 2005. De fato, o disco ficou tão bacana que é até difícil encará-lo como uma demo, tamanha qualidade das músicas em sua produção e gravação.
A banda apresenta um mix bem equilibrado entre o metal, AOR e o progressivo, mas não se apega a rótulos, afinal de contas o que importa mesmo é ouvir e apreciar o som produzido pelo grupo.
Portanto, deve agradar aos amantes do metal e também do progressivo, por sua técnica, execução e qualidade individual de cada integrante.
Atualmente o Panaceah é formado por Frank Donatto e Julio Cebali (guitarras), Rodrigo Dussak (baixo), Américo Mortágua (bateria), Marcos Larbos (vocais) e Raphael Hefisto (teclados).
Em um bate-papo legal, o excelente baixista Rodrigo Dussak nos conta um pouco sobre as diretrizes da banda, sua formação e os próximos passos do grupo.
Além disso, cedeu Spiral Of Time para que os amigos do Câmara possam curtir o som do grupo.

1. Alguns integrantes do Panaceah tiveram passagens por outras bandas bem conhecidas no urderground. Até que ponto essa experiência influenciou o som do grupo?
Acredito que a mais redundante seja do nosso vocalista Marcus Larbos, tendo gravado um CD com a banda de progressivo Cactus Peyotes, algum tempo atrás. Na verdade esse foi o início do Panaceah pois tanto o Marcus Larbos quanto o Daniel Lamas (guitar do Cactus Peyotes e guitarrista/tecladista no Spiral of Time), tinham vontade de fazer algo um pouco mais comercial, com toques de AOR, sem deixar de lado a origem do progressivo e alguns toques de rock mais pesado. A pouco tempo também tivemos a entrada do nosso novo baterista, Américo Mortágua (Expanse, Purgatory, Mustang, Usina Le Blond, Nemesis e Dorsal Atlantica), e vem tocando em vários projetos de diversos estilos diferentes, o que só tem a agregar qualidade ao som do Panaceah.

2. Como encontrar o equilíbrio desejável entre o peso do metal e a influência do progressivo sem reproduzir a mesma fórmula de muitas outras bandas atuais?
Principamente por não nos enxergarmos como uma banda de prog metal e sim uma banda de progressivo, com várias influências de estilos que podem variar desde rock/pop até clássico, new age, world music, etc. É claro que isso pode e vai variar de trabalho para trabalho. Por exempo: nosso próximo álbum virá com mais influências de música pesada e isso reflete principalmente a formação que estamos no momento e o que acreditamos ser a forma de nos expressarmos através da múscia, mas com toda certeza para um próximo trabalho, vamos trazer algo diferente de Spiral of Time e o segundo que estamos em fase de composição, pois nossa intenção é de sempre fazer um trabalho diferente do outro, mantendo a essência da banda.

3. O Panaceah se destaca entre as bandas do eixo prog metal pois apresenta um belo trabalho de harmonia, principalmente a cargo das guitarras. O público os vê como uma banda de rock progressivo com peso ou uma banda de metal com fortes influências progressivas?
Primeiramente obrigado pelo elogio! Para lhe dizer a verdade, queremos que nossa música seja considerada somente pela sua qualidade, não por algum tipo de análise sobre que tipo de música ela é ou que tipo de rótulo você colocará nela. Gostamos de pensar que o público nos vê como uma banda de Rock e você pode escutar e viajar através de vários estilos como o progressivo, o hard, o metal o pop... Múscia na minha opinião é estado de espírito e queremos passar isso através da nossa música. Se você estiver com raiva, poderá escutar algo como Seven Mirrors ou Tuareg, se você estiver numa linha mais calma, Treasures and Tales, se tiver afim de ouvir algo mais técnico, Fiat Lux, algo mais anos 80, New Messiah e por aí vai...

4. Daniel Lamas faz um trabalho primoroso na banda, usando inúmeros timbres vintage. Aliás, há um solo de teclado incrível em Spiritual Alchemy, lembrando até os bons tempos de Tony Carey no Rainbow. Como você vê e assimila a importância desses teclados no som do grupo?
Mais uma vez obrigado! O trabalho do Daniel é, na minha opinião, espetacular! Ele consegue trazer todo aquele feeling dos 70' e 80', mas com uma técnica absurda e com um bom gosto incrível na timbragem dos seus teclados nas gravações do CD. Estamos muito felizes por ter alguém de tanto talento em um disco nosso. Acredito que a importância dos teclados no Panaceah esteja no mesmo patamar das guitarras, vocais, e etc, pois essa é uma parte do estilo da banda e também o que nos diferencia das demais do estilo, pois, como dito anterirmente, nosso teclado está muito calçado nos anos 70' e 80' e isso faz com que seu som seja tão peculiar e percebido no disco.

5. O que o público pode esperar do próximo trabalho? Você poderia nos dar alguma prévia do direcionamento musical?
Já temos 8 músicas prontas: Ride Serpent Rise, Sortilege, Mantis Prayer, Siberian Train, Anathema, Invisible Chains, Caterpillar In Transe e Dead Woman Dance. Estamos em um direcionamento mais pesado, mais dark, principalmente pela formação de hoje. Estamos com duas guitarras e isso colabora para uma temática mais pesada e uma harmonia mais densa, porém sem deixar de lado os teclados que tanto caracterizam nosso som. Outra grande mudança foi de como estamos compondo: no primeiro CD todas as múscias eram do Marcus e do Daniel. Para esse trabalho, o processo ficou mais centralizado entre o Marcus e eu devido a constante mudança dos integrantes, o que fez com que a nova formação implementasse várias boas idéias nas músicas já prontas. Para o próximo trabalho, com certeza a formação de hoje fará a composição de uma forma mais homogênea, mas sempre quando existe mudança no processo de composição, o som tende a mudar um pouco. É natural.

6. Quero agradecer imensamente sua atenção e dizer, sem exageros, que é uma honra e gratificante ver uma banda como Panaceah com um trabalho muito bem calcado e desenvolvido aqui no Brasil. Esse espaço é para suas considerações finais.
Obrigado a você pelo espaço e espero que todos que acessem ao site gostem de nossa música!

Para obter maiores informações sobre o Panaceah, acessem o My Space da banda ou o Orkut: Comunidade panaceah.

segunda-feira, 25 de maio de 2009

Magna Carta, a mãe do progressivo na América e seus tributos.


Vimos na década de 90 uma espécie de renascimento do rock progressivo e também do rock em geral. Depois de uma década horrorosa que foi os anos 80, houve então o ressurgimento de muitas vertentes musicais até então em hibernação.
De fato, muitos músicos e bandas não deixaram de existir naquele período dos 80’s mas o mercado estava em baixa e faltava espaço e interesse da media por eles.
Era mais lucrativo e rentável divulgar o novo trabalho do B52’s do que mostrar o que Greg Lake & cia. andavam fazendo, por exemplo.
Foi no começo dos anos 90 que o rock progressivo tomou novo fôlego, com uma explosão de novas bandas e a reunião daquelas que andavam sumidas, claro que sem o mesmo mainstream dos 70’s, mas com muita propriedade e muitas vezes, honestidade.
Foi nesse contexto que surgiu o selo independente Magna Carta em 1989, criado por Peter Morticelli e Mike Varney.
Ainda na primeira metade dos anos 90 o cast da gravadora era de fazer inveja a qualquer major. Gente como Simon Phillips, James La Brie, Terry Bozzio, Robert Berry e Tony Levin estavam lado a lado com bandas emergentes como Magellan, Shadow Gallery, Enchant, Tempest e Royal Hunt.
Atualmente parece-me que o selo já não conta com o mesmo peso do passado recente, mas mantém disponível para venda todos os trabalhos por ela lançados.
Além de lançar os álbuns periódicos de seu cast também foi responsável por uma idéia no mínimo interessante: uma série de tributos às bandas de rock progressivo.
Muitos detestam os tributos, outros adoram. Particularmente eu adoro. É claro que muitos deles tem seus altos e baixos e sabemos que dificilmente os covers serão tão legais quanto as versões originais, mas vejo nos tributos uma espécie de portal para novas bandas e, no mais, é muito interessante ouvir alguns de nossos ídolos regravando músicas de outras bandas afinal de contas esses tributos também contam com músicos de peso.
Por exemplo, Steve Morse (Deep Purple) faz uma fiel e belíssima versão de Mood For A Day, do Yes. Glenn Hughes, Mick Abrahams, Clive Bunker e Glenn Cornick arrebentam em To Cry You A Song, do Jethro Tull e Annie Haslam emociona em Ripples, do Genesis.
Cada tributo tem uma peculiaridade, um detalhe que chama a atenção do ouvinte. O do Pink Floyd, por exemplo, é o único que apresenta um disco na íntegra, obviamente The Dark Side Of The Moon, tocado de forma bem fiel, com poucas mudanças em relação ao original.
Interessante é que o King Crimson e Gentle Giant não foram homenageados, infelizmente.
Esses trabalhos fazem parte de meu acervo pessoal e como contém muitas informações, fiz questão de scanear todos os encartes, as contra-capas das bandejas e até os discos, coisa que dificilmente faço aqui no blog devido a falta de tempo e também o fato de muitos arquivos eu só possuir em mptréco mesmo.
Espero que você curta esses tributos e, quem sabe, descubra através deles uma ou outra banda bem interessante. Foi assim que em 1995 me tornei fã incondicional do Cairo, depois de ouví-los no tributo ao Yes.

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domingo, 24 de maio de 2009

Diagonal - Diagonal









































Sinceramente, desde que comecei a ouvir e entender música aos 13 anos, em 1989, não via uma banda inglesa de rock progressivo que me chamasse tanta atenção e, acima de tudo, que estimulasse meus sentidos e tocasse profundamente meu coração.
Teclando no MSN com meu amigo Rodrigo Ferreira, disse-me que viu um clip desses caras na horrenda MTV, em um programa noturno, e me indicou a audição do grupo.
Por incrível que pareça, encontrei no eMule o único álbum dos caras, homônimo, lançado ano passado.
O complexo septeto é formado pelos multinstrumentistas David Wileman (guitarra, percussão e teclados), Nicholas Whittaker (saxofone, flauta e teclados), Alex Crispin (teclados e vocais), Daniel Pomlett (baixo, guitarra), Nicholas Richards (guitarra), Ross Hossack (teclados e percussão) e Luke Foster (bateria e teclados).
Arranjos intrincados, forte influência do jazz e uma massa de teclados, sintetizadores, metais e sopros que levam a seguinte pergunta: será mesmo uma banda atual?
Progressivo latente até a última instância, sem precedentes. Até parece que a ilha da rainha parou no tempo e de lá saiu uma banda que até então só competia com Gentle Giant, King Crimson e If.
Só a primeira faixa (sim, faixa, porque o Diagonal também prensou esse trabalho em LP) ouvi umas seis vezes seguidas. Anote aí o título da pérola: Semi-Permeble Men-Brain.
O álbum se desenvolve e passamos por outras maravilhas como Child Of The Thundercloth, com seus acordes dissonantes de guitarra, até chegarmos a última música, Pact, uma pequena suite de 14 minutos com um belo trabalho de bateria a cargo de Luke Foster.
O Reino Unido, berço do rock progressivo, nos devia há muito tempo um trabalho digno de respeito.
Baixe agora o Diagonal e jogue na cara dos idiotas que ainda insistem em dizer que "rock progressivo é música jurássica".
Sim, somos jurássicos, gostamos de música feita e tocada por seres humanos e não a apreciamos por modismos ou tendências, mas sim pelo valor que possui.
E valores não se perdem com o tempo.

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A revista Guitar Lick para os amantes de bons equipamentos e instrumentos musicais.


Levar a cabo um blog não é simplesmente postar um disco e ver o que acontece. Na verdade, um blog é uma excelente ferramenta para levarmos informação adiante e divulgar aquilo que muitas pessoas fazem de legal e interessante dentro da música.
Mas, de nada adiantaria ter esse endereço na internet se elas não produzissem seus trabalhos, ou seja, o Câmara de Eco não seria absolutamente nada se não tivesse algo interessante para divulgar, correto?
Um dos sujeitos mais batalhadores, prestativos e profundo conhecedor de música que conheço é meu grande amigo e padrinho de casamento Rodrigo Ferreira.
Rodrigo é guitarrista, compositor e designer, mora em Mococa/SP e recentemente colocou em prática um de seus projetos mais complexo e audaz: uma revista impressa sobre instrumentos e equipamentos feitos à mão, como também os lançamentos das grandes marcas nacionais.
A revista Guitar Lick apresenta um caminhão de informações para aqueles que tocam algum instrumento e coloca na prateleira a produção de muita gente que fabrica e desenvolve pedais de efeito, instrumentos e amplificadores.
Muito mais que uma revista impressa, a Guitar Lick fecha o cerco em torno das novidades do mercado e se apresenta como opção de leitura e conhecimento para aqueles que gostam de ficar por dentro da produção nacional.
Para comprar a revista, envie e-mail para guitarlick@guitarlick.com.br ou acesse o blog da revista, o Guitar Log, e veja uma prévia da abordagem e conteúdo da revista impressa.
Parabéns ao Rodrigo, por sua iniciativa e compreensão de que, mesmo em tempos de crise econômica, é importante que criemos canais para que os fabricantes de instrumentos e músicos possam divulgar suas marcas e trabalhos, fazendo com que o mercado musical em nosso país não perca fôlego e os leitores encontrem inúmeras opções antes de finalizar a compra de um novo equipo.

Release por Rodrigo Ferreira:
"A GUITAR LICK tem por objetivo informar e educar, sendo destinado aos que compõe esta classe que cresce a cada dia que como a exemplo dos editores desta publicação, foram contaminados pelo vírus GUITARRICUS FATALICS. A GL tem como foco apresentar ao leitor um universo paralelo dos equipamentos hand made bem como o que as grandes marcas nacionais tem trazido de novidade ao mercado, contará também com seções didáticas, com dicas e truques para os amantes das 6 cordas".

Meu Mundo Progressivo...




Essa é uma postagem para descontrairmos.
Indique, de acordo com sua opinião e gosto pessoal, quais são os três melhores ou mais importantes discos de rock progressivo de todos os tempos.
Explique brevemente o porque cada um deles merece sua atenção e carinho especial.
Os três discos mais votados terão uma postagem especial aqui no Câmara no dia 26 de julho e será acompanhada pela análise e opinião de pelo menos três pessoas que fizeram as indicações, por isso, é importante que o texto seja assinado.
Faça seu comentário em "Comentários" até o dia 23 de julho.
Vamos eleger os três grandes clássicos do progressivo, de acordo com a opinião daqueles que acompanham o Câmara de Eco.

quarta-feira, 20 de maio de 2009

Jimi Hendrix - Maui, Hawaii 30-07-1970
















Tudo novo: banda nova, nome novo e músicas novas. Foi assim que Hendrix adentrou 1970, com muito gás e vontade de tocar.
Ele tinha muitas idéias e inúmeros projetos para o futuro próximo, como dizem relatos de pessoas muito próximas a ele. Reza a lenda até que estaria planejando algumas jams e possivelmente um álbum em parceria com Miles Davis (o que não seria algo impossível).
Sua nova banda era a Band Of Gypsys, ou “Gypsys”, como gostava de chamá-la às vezes. Foi a primeira vez que Hendrix teve uma formação totalmente afro descendente. E que formação! Billy Cox no baixo e Buddy Miles na batera, que ainda fazia alguns vocais de arrepiar.
Confesso que sou fã de tudo do Hendrix, mas tenho um carinho especial pela Band Of Gypsys. Para mim não é melhor e nem pior que o Experience, mas ela tem um acento funky do qual gosto muito e isso não fez com que ele perdesse sua fúria e selvageria ao tocar guitarra, era apenas mais um elemento em sua música.
Em Maui poderemos curtir suas novas músicas, como as matadoras Ezy Rider, Dolly Dagger, Straight Ahead, Beginnings e uma de minhas preferidas, Freedom.
Pronto, as pedras foram lançadas e Hendrix preparava seu próximo álbum, possivelmente um LP duplo.
Material muito bom não faltava, como podemos ouvir no bootleg Maui e também em discos oficiais como Band of Gypsys (1970) e Live At The Fillmore East (1999).
Esse álbum inacabado veio à luz com o lançamento de The First Rays Of The New Rising Sun, em 1997.
Tudo apontava para um novo direcionamento musical, mas Hendrix sempre foi muito imprevisível e surpreendia os fãs com um lançamento melhor que o outro.
Infelizmente não houve tempo para concluir o quarto trabalho, pois faleceu ainda em 70, em 18 de setembro, deixando uma eterna lacuna no mundo da música e uma pergunta que muitos ainda fazem: o que teria feito nos anos seguintes se estivesse vivo?
Uma coisa é fato: o que fez musicalmente e artisticamente em quatro anos foi o suficiente para mudar drasticamente o conceito musical dos anos seguintes e sua obra, técnica, visão e atitude influenciou e ainda influencia os milhares de músicos espalhados pelo mundo, ainda hoje.
Termina aqui essa pequena série de postagens dedicadas àquele que fez a coisa acontecer quase sem querer.
Valeu Jimi, você é nosso legítimo guitar hero e sua música permanecerá para sempre no lado esquerdo do peito.

Tracklist:
01 Spanish Castle Magic
02 Dolly Dagger
03 Villanova Junction Blues
04 Ezy Rider
05 Freedom
06 Beginnings
07 Straight Ahead
08 Hey Baby ~ Midnight Lightning
09 Race With The Devil ~ Drum Solo
10 Stone Free

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terça-feira, 19 de maio de 2009

Jimi Hendrix - The Last Experience - Royal Albert Hall, London 24-02-1969











Agora Hendrix desfrutava do sucesso de seus três LP's e sua música alcançava os quatro cantos do planeta, angariando milhares de fãs em uma época em que a informação custava para chegar aos mais longínquos lugares. Diferentemente de muitos outros músicos que faleceram na mesma época, Hendrix ganhou status de super músico e deus da guitarra ainda em vida.
E não foi por acaso, sua música e método nada ortodoxo de se apresentar foi o estopim de uma geração que dia após dia derrubava os muros pré-conceituais da cultura, moral e político daqueles tempos. O mundo estava em constante transformação e Hendrix fez parte dessas mudanças globais com a música que unia num mesmo lugar brancos, negros, pobres e ricos. Todos queriam vê-lo tocar, todos queriam estar próximos da lenda e sentir o poder de sua música.
Estranhamente, sua apresentação no Royal Albert Hall em Londres, em 24 de fevereiro de 69 quase nada apresentou do material contido em Electric Ladyland, lançado em setembro de 68 nos EUA. Pode ser que não o tenha feito pelo fato do concerto ter sido filmado e não quis se arriscar em um material novo para o público. Ainda assim, não sei precisar o motivo.
O fato é que esse foi outro show explosivo do trio, que ainda contava com Noel Reding (baixo) e Mitch Mitchell (bateria). A banda estava afiadíssima e esse registro apresenta uma das versões mais furiosas (talvez a melhor) de Purple Haze.
Existem várias versões em bootleg desse show, alguns simples, outros duplos, porém, é o triplo The Last Experience que trás o show completíssimo, inclusive com a gravação da passagem de som, algo um tanto raro para os bootlegs em geral.
Aqui estão versões incríveis para Stone Free, Room Full Of Mirrors (música gravada em estúdio em novembro de 69 e que só saiu oficialmente em First Rays Of The New Rising Sun, em 1997) e I Don't Live Today, uma música de Are You Experienced (1967) pouco encontrada nos bootlegs. Matadora!

Tracklist:
CD 1
01 Introduction / Tune-up
02 Lover Man
03 Stone Free
04 Getting My Heart Back Together
05 I Don't Live Today
06 Red House
07 Foxy Lady
08 Sunshine Of Your Love
09 Bleeding Heart

CD 2
01 Fire
02 Little Wing
03 Voodoo Child (Slight Return)
04 Room Full Of Mirrors
05 Annoncement / Tune-up
06 Purple Haze
07 Wild Thing
08 Star Spangled Banner / Purple Haze
09 Bleeding Heart (Editado)
10 Room Full Of Mirrors (Editado)
11 Hey Joe
12 Hound Dog #1 (Instrumental)
13 Hound Dog #2
14 Hound Dog #3 (Instrumental)
15 Voodoo Chile (Slight Return)
16 Getting My Heart Back Together

CD 3
01 Tax Free
02 Fire
03 Getting My Heart Back Together
04 Foxy Lady
05 Red House
06 Sunshine Of Your Love
07 Spanish Castle Magic
08 Star Spangeld Banner / Purple Haze
09 Voodoo Child (Slight Return)

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domingo, 17 de maio de 2009

Jimi Hendrix - The Complete Winterland Reels 1968 (6 CD's Box Set)


Aqui começa uma nova fase para Hendrix, tanto no direcionamento musical como também de muitas mudanças.
Em Winterland a banda ainda é o Experience, mas ao logo do ano de 1968 muita coisa aconteceu na carreira do guitarrista, como a gravação turbulenta de Electric Ladyland que culminou na saída temporária do baixista Noel Reding, o abuso de álcool e drogas e a quantidade excessiva de shows, um dos fatores que, acredito eu, possa ter debilitado sua saúde mental.
Ou seja, Hendrix e a banda ficariam cansados devido à loucura da agenda de shows, com viagens de norte a sul sem planejamento adequado.
Um bom exemplo dessa maratona mal planejada por seus managers está justamente em The Complete Winterland Reels 1968. O Experience fez seis apresentações em apenas três dias!
É claro que isso no começo não desgasta o músico, mas imagine você viajando a trabalho para todos os lados do país e sem férias, durante quatro anos, e ainda por cima enchendo a cara nas horas vagas? Uma hora o corpo não aguenta, não é mesmo? Foi mais ou menos isso o que aconteceu com ele.
Bem, Winterland era uma antiga pista da patinação no gelo situada em São Francisco, Califórnia, e foi adaptada para realização de shows. O trio fez três dias de shows simplesmente infernais e apresentando muitas novidades ao público.
Algumas músicas que foram tocadas nessas apresentações foram gravadas em estúdio e só foram lançadas oficialmente na década de 90. Por exemplo, Lover Man era o título provisório de Here He Comes (Lover Man), gravada em outubro, e a jam Tax Free foi gravada em janeiro. Ambas as versões saíram em South Saturn Delta (1997).
Voodoo Child (Slight Return) saiu em Electric Ladyland, mas já era tocada ao vivo há um bom tempo.
Além dessas novidades no setlist, Hendrix contou com algumas participações muito especiais: em um dos shows Virgil Gonsales tocou flauta em Are You Experienced?, Jack Casady, baixista do Jefferson Airplane, tocou duas músicas em outro e num terceiro contou com o tecladista Herbie Rich em cinco músicas.
Aqui você poderá também conferir versões arrasadoras de Like A Rolling Stone, Sunshine Of Your Love, Manic Depression, Hey Joe e Spanish Castle Magic.
A gravação desse bootleg é perfeita porém, a gravação do primeiro show do dia 11 foi interrompida e completada com algumas músicas registradas na platéia. Fora isso, essa box é completíssima e capta nosso guitarrista inspiradíssimo.

Tracklist:
10/10/1968 - 1º Show
01. Intro
02. Are You Experienced?
03. Voodoo Child (Slight Return)
04. Red House
05. Foxy Lady
06. Like A Rolling Stone
07. Star Spangled Banner
08. Purple Haze / Outside Woman Blues

10/10/1968 - 2º Show
01. Intro
02. Tax Free
03. Lover Man
04. Sunshine Of Your Love
05. Hear My Train A Comin'
06. Killing Floor (com Jack Casady no baixo)
07. Hey Joe (com Jack Casady no baixo)
08. Star Spangled Banner
09. Purple Haze

11/10/198 1º Show
01. Intro
02. Are You Experienced? (com Virgil Gonsales na flauta)
03. Voodoo Child (Slight Return)
04. Red House
05. Foxy Lady
06. Star Spangled Banner
07. Purple Haze

11/10/1968 2º Show
01. Intro
02. Tax Free
03. Spanish Castle Magic
04. Like A Rolling Stone (com Herbie Rich no teclado)
05. Lover Man (com Herbie Rich no teclado)
06. Hey Joe (com Herbie Rich no teclado)
07. Fire (com Herbie Rich no teclado)
08. Foxy Lady (com Herbie Rich no teclado)
09. Purple Haze

12/10/1968 1º Show
01. Intro
02. Fire
03. Lover Man
04. Like A Rolling Stone
05. Foxy Lady
06. Blown Amp Blues (Noel Redding & Mitch Mitchell Jam)
07. Tax Free
08. Hey Joe
09. Purple Haze
10. Wild Thing

12/10/1968 2º Show
01. Intro
02. Foxy Lady
03. Manic Depression
04. Sunshine Of Your Love
05. Little Wing
06. Spanish Castle Magic
07. Red House
08. Voodoo Child (Slight Return)
09. Star Spangled Banner
10. Purple Haze

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sábado, 16 de maio de 2009

Jimi Hendrix - Olympia, Paris, France 29-01-1968




O ano era 1968, final de janeiro, mais precisamente dia 29 e o Jimi Hendrix Experience se apresentava no Olympia em Paris (uma antiga sala de concertos onde dezenas de bandas legais tocaram), quase dois meses depois de lançar seu segundo álbum, Axis: Bold As Love.
Apesar do recente lançamento, o repertório da noite foi baseado nas músicas do primeiro álbum e algumas outras até então só tocadas ao vivo como Killing Floor (cover de Howlin' Wolf), Catfish Blues (um mix de duas músicas de Muddy Waters, Rollin’ Stone e Still A Fool) e Drivin' Soul, de Curtis Knight, cujo título correto é Driving South.
Pra quem não se lembra, Hendrix foi guitarrista na banda de Knight antes de formar o Experience e ser descoberto por Chas Chandler.
De Axis: Bold As Love a única presente é Little Wing. Uma pena, pois o álbum é formidável, mas veremos mais músicas desse disco nos próximos bootlegs.
Em Olympia, Hendrix se mostra muito descontraído, interagindo com o público e como sempre, arrebentando com sua banda nesse show formidável.
Interessante é a reação do público que aplaude bastante em The Wind Cries Mary, levando-se em consideração que ela só saiu na Inglaterra como single. Somente a versão americana e canadense de Axis: Bold As Love continha essa faixa e mesmo assim foi um dos primeiros sucessos de Hendrix na Inglaterra.
Em Little Wing, uma das mais belas canções de Hendrix ao lado de Have You Ever Been (To Electric Ladyland), nosso herói esbanja feeling e técnica, tirando mais aplausos da platéia.
E a qualidade de gravação desse boot? Impecável.

Tracklist:
1. Killing Floor
2. Catfish Blues
3. Foxy Lady
4. Red House
5. Drivin Soul (correto: Driving South)
6. The Wind Cries Mary
7. Fire
8. Little Wing
9. Purple Haze

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sexta-feira, 15 de maio de 2009

Jimi Hendrix - The Legendary Star-Club Tapes - Funkhaus, Germany 18-03-1967







Os únicos pesares desse registro são a duração curta (cerca de 19 minutos) e o fato da qualidade de gravação ser apenas boa. Levando-se em consideração de que se trata de um registro de 1967 proveniente de transmissão de rádio, essa perda sonora acaba sendo irrelevante e nada atrapalha a apreciação da apresentação.
O Star-Club existiu em um antigo cinema em Hamburgo, na Alemanha, entre os anos de 1962 e 1969, onde apresentaram inúmeras bandas e músicos, principalmente os ingleses (era uma espécie de obrigação naquela época as bandas inglesas adentrarem o território alemão).
Os shows eram transmitidos pela rádio britânica BFBS, situada ao norte da Irlanda, e tinham como apresentador Chris Howland em seu programa Saturday Club. Em algumas ocasiões, até oito bandas se apresentaram em uma única noite, inclusive os Beatles passou por lá, no início de sua carreira.
Jimi Hendrix Experience se apresentou no dia 18 de março de 67, quase dois meses antes do lançamento de seu primeiro álbum Are You Experienced, portanto o repertório é pautado nas canções desse álbum.
O registro capta fielmente a fúria e poder de fogo do maior power trio da história do rock, em uma apresentação quase selvagem onde o baterista Mitch Mitchell toca tudo e mais um pouco, Noel Reding se vira para fazer a cama para Hendrix desfilar seus riffs e solos envenenados.
Quem não curte Hendrix talvez nem perceba a importância desses primeiros registros, mas volte no tempo e tente imaginar o impacto que a música do trio deve ter causado nas pessoas quando ouviram no começo do ano de 67 essa nova modalidade de rock 'n' roll.
Parece pouco, mas foi por aí que a história da música começou a tomar novos rumos.

Tracklist:
1. Intro
2. Foxy Lady
3. Hey Joe
4. Stone Free
5. Fire
6. Purple Haze

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Jimi Hendrix Em Cinco Bootlegs De Tirar O Fôlego!

Escrever sobre Jimi Hendrix é um ato prazeroso e muito especial para mim. É como se falasse de um irmão ou um grande amigo tamanho fascínio e admiração que tenho por esse músico, por sua trajetória meteórica e realizações como artista.
Sim, artista. Muito mais que músico, um sujeito que fez música como forma de arte, antecipou tendências, inovou, transformou a maneira de tocar guitarra e sempre procurou por algo que nunca esteve próximo de suas mãos: imaginava timbres e sonoridades que não podiam ser reproduzidas naquela época devido às limitações tecnológicas daqueles tempos.
E isso não impediu Hendrix de buscar alguma forma de criar aquilo que estava em seu imaginário, criando efeitos de estúdio até então inéditos, alterando o pitch e usando efeito reverse na gravação, modificando e criando pedais de efeito e sendo simplista quando assim necessário.
É assim que vejo Hendrix, um cara muito simpático, divertido e que fez tanto pela música contemporânea em tão pouco tempo. De fato, uma figura iluminada e pessoas iluminadas não ficam mesmo por aqui por muito tempo.
Esperei um bom tempo para fazer essa postagem até juntar material suficiente para uma boa análise - cerca de 30 bootlegs - até escolher aqueles que, em primeiro lugar, tem gravação muito boa ou excelente, em segundo lugar, registros de shows explosivos e empolgantes e, em terceiro lugar, praticamente um bootleg de cada ano desde que lançou Are You Experienced em maio de 67.
Dessa forma, poderemos acompanhar sua evolução nos palcos, curtir grandes performances e verificarmos as mudanças nos setlists ao longo de três anos, aliás, muito significativas, pois até sua banda mudou de nome e formação ao longo desse curto período.
Em ordem cronológica de show, essa nova série especial de postagens irá apresentar os seguintes bootlegs:

· The Legendary Starclub Tapes - Funkhaus, Alemanha 18-03-1967
· Olympia - Paris, França 29-01-1968
· The Complete Winterland Reels 10,11 e 12-10-1968
· The Last Experience - Royal Albert Hall, Londres 24-02-1969
· Maui, Hawaii 30-07-1970

Essa será uma singela homenagem ao maior guitarrista de todos os tempos e um dos músicos mais importantes do século passado.
Acompanhe as postagens e se emocione com a magia da guitarra de Jimi Hendrix!

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Kris Kringle - Sodom







Quem podia imaginar que o Brasil teve um autêntico representante do rock 'n' roll um pouco mais pesado para os padrões nacionais, logo no início dos anos 70? E essa verdadeira maravilha e achado arqueológico atende pelo nome Kris Kringle (Papai Noel, em alemão).
Até onde sei, essa raridade veio à luz graças ao jornalista Silvio Atanes que certa vez adquiriu o LP original e fez um belíssimo e profissional trabalho de extração das faixas, em formato wave e mp3.
Não é exclusividade do Câmara a disponibilidade desse álbum, mas o contato do Silvio com toda sua cordialidade e diposição em apresentar Sodom, lançado em 1971, foi fundamental e única para a realização dessa postagem.
O sexteto Kris Kringle foi uma variante do Memphis, banda paulistana muito conhecida na virada dos 60's para os 70's, e era formado por Joe Bridges, o Dudu França (vocais), Marco Antônio Fernandes Rodrigues, o Nescau (baixo), Marcos Maynard e Xilo (guitarras), Cláudio Callia (teclados) e Niccoli (bateria).
Sodom apresenta os dois lados da moeda do rock brazuca: genial e confuso. Genial porque é ótimo, empolgante, muito bem gravado e extremamente bem tocado.
Confuso porque uma ou duas músicas ainda carregam um pouco aquela ingenuidade do rock nacional da velha guarda, mas isso não tira nem um pouco o brilho do álbum, pois é história.
Agora, o regaço vem com as ótimas Louisiana, The Resurrection Shuffle e What You Want. E para finalizar, algumas músicas que até lembram o Warhorse de Ashley Holt e são pura bateção de cabeça: That's My Love For You, Sarabande e Mr. Universe.
Yes, nós tivemos nossa banda hard em pleno 71!

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terça-feira, 12 de maio de 2009

A Guitarra Furiosa de Nobu Albatross no Ghost Towne.
















Nobu Albatross é guitarrista e vocalista do trio californiano Ghost Towne. O conheci através do YouTube depois de ver alguns vídeos de sua banda e fiquei impressionado com a qualidade e fúria com que toca guitarra.
O Ghost Towne faz uma mescla muito legal de rock 'n' roll, blues, hard e qualquer outra coisa que o valha, apresentando muita energia e podendo certamente agradar àqueles que gostam de bandas "guitarrísticas", a la Double Trouble.
Convidei Nobu para estrear a seção "Novas Bandas" aqui no Câmara e gentilmente ele nos concedeu uma breve entrevista onde fala como surgiu o Ghost Towne, a criação de seu projeto Blumenco (obviamente, uma fusão de blues com flamenco) e sobre suas influências musicais.

1. Como e quando foi formado o Ghost Towne?
Eu vim para os EUA em 2006 e em seguida fui à procura de integrantes para iniciar uma banda. Houve mudanças constantes de baixista e baterista por suas ocupações e por diferenças de direcionamento musical, mas agora isso é mais uma parte do projeto Nobu Albatross...

2. O Ghost Towne faz uma mistura bem equalizada de vários estilos. Como vocês desenvolveram isso?
Estou apenas tentando, eu acho... (risos) Sempre quis ser diferente de outras pessoas, e estranho... (risos) Então, sempre vou tentar descobrir coisas novas.

3. O Blumenco é um projeto paralelo seu ou uma nova criação do Ghost Towne?
Ele é meu projeto mais querido.

4. Como músico, quais são suas principais influências?
Rock ‘n’ roll, blues, flamenco, world music, um pouco de jazz, funk, soul, R&B, folk, surf, country… estou interessado em qualquer tipo de música.

5. Vocês tem planos para uma nova demo ou o debut da banda?
Ainda não, mas espero que algum dia alguém me encontre!

6. Agradeço sua atenção e gentileza e esse espaço é seu.
Obrigado por entrevistar-me. Eu só quero dizer: "eu nunca vou desistir, acho que a crença e a dedicação são as chaves...”

Quem quiser conhecer um pouco mais os trabalhos de Nobu Albatross e do Ghost Towne, acessem a página no YouTube, ou Myspace do Nobu e do Ghost Towne.
Além disso, Nobu cedeu três músicas do Ghost Towne para download:

sábado, 9 de maio de 2009

A Tree Full Of Secrets, A Coleção Definitiva Do Pink Floyd.














Existem pelo menos outras duas box não-oficiais de respeito do Pink Floyd, Total Eclipse - A Retrospective 1967-1993 (4 CD's, 1993) e a alemã Early Flights (10 CD's, data desconhecida), porém é A Tree Full Of Secrets (data desconhecida) com seus inacreditáveis 18 CD's que apresenta tudo o que se pode imaginar que não está na discografia regular da banda e de seus integrantes.
Ou seja, outtakes, promos, singles, trilas sonoras, versões raríssimas... enfim, um apanhado geral, completo e definitivo da obra do grupo.
O mais interessante é que essa box não existe fisicamente. O bom filho de Deus que teve a incrível idéia e material para criá-la elaborou de tal forma que esse material rodasse a internet, inclusive no último volume há os arquivos para impressão das capas e encartes.
A arte gráfica é pobre mas o conteúdo da box é de arrepiar. Pirei quando ouvi as mensagens até então "escondidas" de Atom Heart Mother, as chamadas de rádio para o lançamento do filme Live At Pompeii e do álbum Animals, a música de brincadeira Merry Xmas Song ou a versão "obscura" de Not Now John (não é aquela que saiu no bootleg The Final Cutting - The Final Cut Demos).
Precisaria de mil linhas para descrever seu conteúdo completo, mas não é preciso pois os encartes trazem todas as informações necessárias a respeito de cada faixa.
Os fãs de Pink Floyd mereciam há muito tempo uma box como essa pois o material digamos "irregular" do grupo está espalhado em dezenas de bootlegs e A Tree Full Of Secrets reúne tudo isso e muito mais.
Você poderá também desvendar todos os mistérios e segredos das trilhas sonoras dos quais os integrantes da banda participaram e também de suas primeiras bandas e projetos, como David Gilmour com o Jokers Wild ou Rick Wright com o Zee.
Não se trata exatamente de uma compilação dos melhores momentos da banda, mas sim de um estudo completo da obra do grupo progressivo, distribuído em dezenas de horas de gravação.
Reserve algumas horas na semana e vá ouvindo em doses homeopáticas tudo o que A Tree Full Of Secrets oferece. Embarque já nessa verdadeira maratona arqueológica.

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