Os princípios do Câmara de Eco.

A finalidade do Câmara de Eco é funcionar como modesta referência para aqueles que procuram novos e velhos sons, publicando informações e indicando bons trabalhos merecedores de audição mais atenta.
Da mesma forma que um amigo empresta um CD a outro, faço questão de apresentar a você, internauta amigo e amiga, boas amostras de rock, jazz, progressivo, blues e folk, e com isso, espero, possamos divulgar a música vista como forma de arte e não como um produto qualquer dentro de uma caixinha acrílica.
Abraços e boa diversão!
Lucon

segunda-feira, 30 de março de 2009

Cream - Disraeli Gears








Não basta dizer que o Cream foi um dos primeiros power trio da história do rock. Foi uma das primeiras formações virtuose do rock, ao vivo se libertavam do formato tradicional de suas canções e partiam sem dó nem piedade para improvisos furiosos onde Jack Bruce, Eric Clapton e Ginger Baker faziam jus ao nome da banda e à fama de supergrupo que haviam conquistado.
Muitas bandas fazem excelentes discos de estúdio, mas ficam mais conhecidos por suas explosivas apresentações ao vivo, como é o caso do Grateful Dead e Jimi Hendrix. Assim foi o Cream, uma banda que fez quatro álbuns de estúdio excelentes mas que teve seu maior reconhecimento por suas apresentações arrepiantes.
O trio influenciou dezenas de músicos ainda nos anos 70 e até hoje é referência para fãs de rock, jazz e blues, tamanha amplitude de sua música.
Disraeli Gears (1967) é seu segundo álbum, um dos dez discos mais importantes da história do rock. Ao lado de Jimi Hendrix e The Who no mesmo período, o Cream mudou os rumos do rock and roll. Foi como se tivessem tirado um grande trem cargueiro dos trilhos.
O impacto de sua música foi imediato, naquele momento ninguém tocava blues de forma tão pesada e com tanto improviso, marca registrada de seus integrantes mesmo após a dissolução da banda em 1968, após uma carreira meteórica.
Fizeram em dois anos o que duas centenas de bandas não conseguiram fazer em vinte.
Clássicos absolutos do álbum: Tales Of Brave Ulysses, Swlabr, World Of Pain, Strange Brew e, claro, Sunshine Of Your Love.

Vide comentários.

domingo, 29 de março de 2009

Gordon Haskell - It Is And It Isn't
























Gordon Haskell
foi vocalista e baixista do King Crimson em seu terceiro álbum, Lizard (1970).
Apesar de não ser o melhor da banda é o meu preferido. Gosto demais de sua voz e da orientação do disco. Porém, a coisa não engrenou entre ele e a banda e acabou pulando fora do barco sem ao menos fazerem uma única apresentação.
Sua influência folk não casava com os ideais musicais de Robert Fripp mas teve excelente resultado em It Is And It Isn't, seu álbum solo lançado em 1971.
Um álbum simplesmente lindo, singular e frágil. Uma peça rara perdida no meio de tantas atrações de peso daquele ano de 1971.
Além de belíssimo trabalho, contou com a participação de John Wetton no baixo, teclados e vocais, então membro do Family, e Alan Barry fazendo um belo trabalho de guitarra.
O disco todo é emocionante, com fortes influências do jazz. Vale a pena curtir todas as canções, mas duas delas matam a pau: Worms e Sitting By The Fire, com certeza duas peças que tocam meu coração e música boa não se ouve com os ouvidos...
Foi muito bom encontrar esse trabalho do começo dos anos 70 e matar a saudade de sua voz dos tempos de Lizard.

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Exmagma - Goldball




Bom álbum do trio alemão de krautrock Exmagma. Lançado em 1974, Goldball apresenta muito experimentalismo, estruturas complexas baseadas no jazz e progressivo e um bom apanhado de músicas intrincadas com duração média ou pequena.
Formado pelo baterista de jazz Fred Braceful (ex-Et Cetera) e pelos multinstrumentistas Andy Goldner (guitarra, baixo, sax e vocal) e Thomas Balluff (teclados, trompete, flauta e vocal), o trio esbanja técnica e alucinação em várias músicas instrumentais.
O rolo de café com bolo toma um formato ainda mais interessante nas músicas Jam Factory For People Insane e Habits.
Para ser bastante sincero, esse trabalho não é muito fácil de ser digerido em primeira instância, mas pelo tamanho da loucura e doideira talvez com um pouco de sal Eno lá pela terceira ou quarta audição a coisa toda começa a ter ares de familiaridade.

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Wild Turkey - Stealer Of Years







Após a separação da banda em 1974, o Wild Turkey hibernou por quase 20 anos e voltou à ativa em 1996, ano em que lançaram seu terceiro álbum, Stealer Of Years, quando fizeram alguns shows e novamente a banda separou.
Formado pelo baixista original do Jethro Tull, Glenn Cornick, e pelo vocalista Gary Pickford Hopkins, conhecido por sua passagem ainda nos anos 70 na banda de Rick Wakeman. Cornick e Hopkins recrutaram dois novos integrantes para essa volta da banda, o baterista Brian Thomas e o guitarrista Tweke Lewis.
Stealer Of Years é um ótimo disco de rock and roll para uma banda que ficou tanto tempo sem colocar o pé na estrada. Basta conferir a boa forma dos caras nas músicas The Battlefield, Wrap It up Take It Home, Riff Me Rock Me e (Whirlwind) Egyptian Romance, com uma ótima performance do guitarrista Tweke Lewis.
Em 2006 a banda retornou com o batera Clive Bunker, outro ex-Tull, e lançou o álbum You And Me In The Jungle, não tão bom quanto Stealer Of Years, mas foi uma boa oportunidade para colocá-los novamente nos palcos.

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Spirit - Spirit




O Spirit foi uma banda americana muito legal que fazia um mix de rock and roll, hard, jazz e pitadas de psicodelia.
Fundado em Los Angeles, em 1967, era composto por Randy California (guitarra e vocal), Mark Andes (baixo), Jay Ferguson (vocal e percussão), Ed Cassidy (bateria) e John Locke (teclados).
O primeiro álbum homônimo foi lançado em 1968 e apresenta todo o ecletismo da banda nas canções Topanga Windows, Mechanical World, Girl In Your Eye, Gramophone Man e o épico Elijah, em seus mais de 10 minutos de duração, recheados de improvisos marcantes e pitadas de jazz, influência trazida pelo batera Ed Cassidy, 20 anos mais velho que o restante do grupo.
O grupo teve uma longa carreira que durou até meados da década de 90, mesmo passando por diversas mudanças de formação, mas tendo sempre Cassidy em todas elas.
Randy California teve grande sucesso como guitarrista ainda nos anos 70 e também nos 80's e faceleu em janeiro de 1997.

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Violeta de Outono - The Early Years




O trio paulistano Violeta de Outono lançou em 1988 The Early Years apenas na Inglaterra, pela Voiceprint, contendo quatro versões fidelíssimas de clássicos absolutos do rock e uma faixa bônus gravada ao vivo em estúdio, fruto de ensaios.
Aqui estão Citadel, gravada pelos Stones no álbum Their Satanic Majesties Request (1967), Interstellar Overdrive do Pink Floyd, lançada em The Piper At The Gates Of Dawn (1967) e também no EP Tonite Let's All Make Love In London... (1991), Blues For Findlay do Gong, lançada em Continental Circus (1971), Within You Without You dos Beatles, do álbum Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band (1967) e o belíssimo bônus Echoes/No Quarter, um crossover perfeito das duas músicas em uma sacada genial do Violeta de Outono.
Echoes foi gravada pelo Pink Floyd no álbum Meddle (1971) e No Quarter pelo Led Zeppelin, no álbum Houses Of The Holy (1973).
Músicos convidados participaram das gravações de Early Years, como o excelente tecladista Fábio Ribeiro, Livio Tragtenberg (sax tenor), Anderson Rocha e Mauricio Takeda (violinos) e Fábio Tagliaferri (viola).
O Violeta de Outono é um dos maiores orgulhos do rock brazuca e contava com o fantástico Fábio Golfetti (guitarra, sítara e vocal), Angelo Pastorello (baixo) e Claudio Souza (bateria).

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ELF - Elf




O ELF foi a primeira banda do incrível vocalista nanico Ronnie James Dio muito antes de partir para o hard rock e posteriormente o heavy metal.
Os três álbuns da banda são verdadeiras porradas rock 'n' roll pautadas no blues e apresentou ao mundo um dos melhores e mais carismáticos frontman.
Elf (1972) é o debut da banda e trás também Dio tocando baixo, função que abandonou no álbum seguinte, Carolina County Ball (1974), quando adimitiram Craig Gruber.
Produzido por Roger Glover e Ian Paice, do Deep Purple, Elf apresenta muito feelig e despojamento em pauladas como Never More, First Avenue, Gambler,Gambler e Sit Down Honey (Everything Will Be Alright).
O bacana do álbum são os pianos de Mickey Lee Soule que dão uma quebrada no peso das músicas, e a guitarra rasgada de David Feinstein.
Completava o time o excelente batera Gary Driscoll.

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Deus Ex Machina - Cinque




Quando se fala em progressivo atual sou extremamente radical e enfático: gosto de progressivo feito por grupos progressivos e não por bandas de heavy metal com influências progressivas.
Ter influências é uma coisa, nascer dentro do estilo é outra completamente diferente, portanto abomino veementemente os termos "metal progressivo" ou "progmetal" que sugerem a união dos dois estilos.
O termo rock progressivo não define somente uma subdivisão do rock, mas sim uma cultura à parte e até mesmo um conceito de vida. Não quero dizer com isso que os fãs de progressivo são "melhores" ou mais cultos que outros, mas é inegável a união e a movimentação que existe em torno de um estilo criado há mais de 40 anos e que tem como carro chefe o uso de instrumentos analógicos e um grande conceito artístico e musical cuja finalidade é escrever música visto como forma de arte.
E como toda forma de arte, também existe muita porcaria dentro do progressivo: músicos e bandas que deturparam o conceito original e queimaram um pouco o estilo.
É dentro dessa ótica que o Deus Ex Machina comparece pela segunda vez aqui no Câmara com Cinque, último trabalho lançado em 2002 por essa formidável banda italiana.
A genialidade desses caras ultrapassa até mesmo o sentido linguístico pois todas suas músicas são cantadas em latim. Sem palavras para definir a importância de tal atitude.
E mais: o Deus Ex Machina continua fiel em sua proposta e apresenta em Cinque temas e mais temas de tirar o fôlego.
Ouça pérolas como Uomo Del Futuro Passato, Convolutus, De Ortinis Ratione e Olim Sol Rogavit Terram I, com um belíssimo trabalho de guitarra e teclados sobre uma estrutura intrincada e tempos malucos.
Formação: Claudio Trotta (bateria), Alessandro Porreca (baixo), Maurino Collina (guitarra), Alessandro Bonetti (violino), Fabrizio Puglisi (teclados) e Alberto Piras (vocais).

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sábado, 28 de março de 2009

Colin Scot - Colin Scot






















O cantor folk e escocês Colin Scot estreou em 1971 com esse belo álbum homônimo, acompanhado por uma trupe de fazer inveja a qualquer músico já renomado na época.
Com a ajuda do produtor John Anthony, esse então nobre desconhecido conseguiu reunir para as sessões de gravação músicos como Robert Fripp (King Crimson), Rick Wakeman (Strawbs), Jon Aderson (Yes), Peter Gabriel e Phil Collins (Genesis) e Peter Hammill, David Jackson e Nic Potter (os três do Van Der Graaf Generator).
John Antony deve ter domado muito bem todas essas feras para que não interferissem tanto nas canções de Colin Scot, e o resultado final é um delicioso álbum folk, com cara de folk!
Bastante apropriado para ser curtido na sacada de uma casa de rancho ou chácara, e observar a natureza acompanhado por temas singulares como The Boatman, You're Bound To Leave Me Now, Hey! Sandy e Here We Are In Progress.
Como todo bom músico folk, quando se envereda pelos caminhos do rock sempre resulta em alguma coisa muita legal. Nesse caso, a grande surpresa está na ótima Nite People. Vale pelo álbum todo.
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sexta-feira, 27 de março de 2009

Leon Thomas - Blues And The Soulful Truth
















Sexta-feira é o dia internacional da música: todos estão de saco cheio depois de uma semana de tanto trabalho e aporrinhação na cabeça, portanto nada melhor do que algumas postagens para agitarmos o esqueleto, não é mesmo?
Inicialmente um cantor de jazz, o americano Leon Thomas (1937-1999) teve seu nome diretamente ligado ao do guitarrista Carlos Santana quando ingressou em sua banda e gravou álbuns antológicos como Welcome (1973) e o ao vivo Lotus (1974).
Blues And The Soulful Truth (1972) é seu terceiro trabalho solo e trás um incrível e envolvente mix de jazz, funk, soul e blues, resultando muitas vezes em canções experimentais como Gypsy Queen e Shape Your Mind - uma canção especialíssima e que eleva o espírito a uma condição de satisfação imediata - além de outras em formatos mais "tadicionais" como Love Each Other, e os blusões arrasa-quarteirão Boom-Boom-Boom e C.C. Rider.
Participaram dessa maravilha: Neal Creque (pianos), Gordon Edwards (baixo), Cornell Dupree (guitarra), Pretty Purdie (bateia), John Eckert, Dick Griffin, Cecil Payne e Pee Wee Ellis (sopros e metais) e Larry Coryell (guitarra).
Aumente o volume camarada e deixe o som sofisticado de Leon Thomas te levar a qualquer canto da cidade nessa e em outras noites.

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Ramatam - Ramatam




É com prazer orgasmático que escrevo sobre o Ramatam, uma das bandas mais legais que ouvi nos últimos seis meses e explico o porque: rock and roll puríssimo, sem frescuras, delicioso e que dá vontade de bater cabeça logo na primeira música!!
Tudo isso graças a uma gata na guitarra, April Lawton, que destrói o disco do começo ao fim com sua técnica peculiar, muito ágil e que fazia uso de uma timbragem fantástica, fervilhante e chapada na cara pela mixagem do álbum.
Se Hendrix tivesse vivo quando Ramatam (1972) veio à luz, certamente tiraria o chapéu para essa moça.
O disco é tão legal que não podia ter somente uma (excelente) guitarrista como atração: vocais dobrados e naipes de metais dão o tom de sofisticação e inteligência para esse petardo do rock and roll setentista. E mais: contavam com um tal de Mitch Mitchell na bateria... alguma relação com Jimi Hendrix?
Completavam o disco o excelente guitarrista/vocalista Mike Pinera, o baixista Russ Smith e Ommy Sullivan nos teclados e sopros.
Sugiro que ouça a primeira música, Whiskey Place, vá direto para Wayso e Can't Sit Still, a melhor de todas, pura bateção de cabeça! Sinta todo o poder de fogo dessa música antológica e sua guitar hero em plena forma, fazendo bases pulsantes e solos de guitarra que enchem meus olhos de lágrimas de tanta felicidade.
O Ramatam se desfez em 1974 e April Lawton faleceu em 2006 em sua casa, aos 58 anos, vítima de infarto.

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James Gang - Thirds







A James Gang comparece mais uma vez aqui no Câmara e com muita propriedade, afinal de contas estamos falando de um legítimo power trio norte-americano, extremamente competente e que além de contar com o ótimo guitarrista/vocalista Joe Walsh, também tinha uma das cozinhas mais legais dos 70's: Dale Peters no baixo e Jim fox na bateria.
Thirds (1971) obviamente é o terceiro trabalho de banda e como muitos costumam dizer, o terceiro álbum é aquele que diz se a banda vai decolar ou não.
Após o lançamento do excelente Rides Again (1970) a banda conseguiu manter o nível de qualidade e lançou esse Thirds com peças memoráveis como a clássica Walk Away, as belíssimas White Man/Black Man e Live My Life Again, além da ótima Again.
Esse é um trabalho mais light e intimista, mantendo as características mais marcantes do trio e que projetou definitivamente o grupo ao ponto de abrirem alguns shows para o Who, por exemplo.
A fama e o sucesso foi uma consequência e Joe Walsh decidiu deixar o grupo tempos depois, acreditando que um voo solo seria mais rentável. Por fim, acabou ingressando no Eagles.
Desde 1996 o trio vem se apresentando esporadicamente, matando a saudade dos velhos fãs e daqueles que nem eram nascidos quando a banda encerrou as atividades em 1977.

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sábado, 21 de março de 2009

King Crimson Collectors' Club: o pote de ouro no fim do arco-íris.




















Em primeiro lugar, agradeço ao amigo Sergio, do Sergio Sônico, por me despertar quanto a importância do uso de links de outros blogs. Em segundo lugar, quero dizer que essa postagem só foi possível graças ao pessoal do blog Sakalli, cujo trabalho primoroso postou originalmente esses arquivos e prestou um grande serviço aos fãs do King Crimson.
Pois bem. No final da década de 90 a DGM (Discipline Global Mobile) iniciou uma série de lançamentos intitulada The DGM Collector's Club (depois passou a chamar The King Crimson Collectors' Club), cuja finalidade é colocar no mercado vários discos até então conhecidos apenas no formato bootleg, sessões de estúdio e outros, de todas as fases da banda, em um total de 34 trabalhos.
Atualmente vários outros lançamentos acabaram entrando nessa série e por razões comerciais a venda desses produtos também mudou. Você pode acessar o site da DGM Live!, fazer seu cadastro e adquirir esses produtos através de download em dois formatos, mp3 e Flac, que é um pouco mais caro mas a amostragem é melhor, ou seja, idêntica à de um CD porém os arquivos são menores.
Muitas raridades estão disponíveis entre esses arquivos como o KCCC#20, primeiro show (e completo) contando com o percussionista Jamie Muir, o KCCC#10, provavelmente o melhor e mais furioso show da era "Lark's" gravado no Central Park, New York, em 01-07-74, de onde saiu a maioria das músicas de USA (1975).
Há também muitas outras coisas legais da primeira formação da banda (que contava com Greg Lake no baixo e vocais), gravações excelentes dos anos 80, raridades da fase Boz Burrell, shows e sessões de estúdio dos anos 90 e algumas coisas interessantes do projeto ProjeKct, que fracionou a banda em seis formações diferentes.
Como fã de King Crimson, tive um orgasmo quando encontrei todos esses arquivos e acho válido podermos desfrutar do poder de fogo dessa incrível banda de rock progressivo, a maior e melhor em minha opinião, ao lado de Gentle Giant, independente de formação ou época.
Preparei um arquivo de texto para que você possa acessar de maneira bem simples todos os links para download. O Sakalli foi cuidadoso ao ponto de fornecer duas opções de host para download.
É óbvio que alguns arquivos possuem qualidade excelente e outros nem tanto, devido as condições de gravação da época e pela própria ação do tempo que deteriorou as masters. Essa coleção é definitiva, acho pouco provável o surgimento de tapes melhores que esses.
Meu amigo e amiga: se você é fã de Crimson e não tinha essa coleção então essa é a hora, dê esse presente a si mesmo e confira as performances geniais do nosso sempre querido "Crimso".

The King Crimson Collectors' Club - senha/password: camaradeeco.blogspot.com

terça-feira, 17 de março de 2009

O paraíso dos Purplemaníacos.








Começa hoje uma série de postagens que, ao longo do ano, irá apresentar algumas dicas bem interessantes e que possivelmente irá satisfazer a curiosidade de muitos.
Também poderá auxiliar na busca por informações e trazer à tona o trabalho de gente que muito faz e pouco aparece.
Se você tiver alguma sugestão para as próximas abordagens, faça em "Comentários".
Perfect Purple é um fantástico site de torrents especializado em raridades do Deep Purple, de seus integrantes e ex-integrantes e daquelas bandas que, de alguma forma, estão direta ou indiretamente relacionadas a ele.
Basta criar seu login e senha para participar desse site. É claro que o barato da coisa não é só "chupar" informação, ou seja, colaborar é o que mantém esse site muito bem vivo.
Lá você encontrará arquivos de áudio e video raríssimos, bootlegs de todo tipo e qualidade e praticamente de todas as fases da banda, basta utilizar um programa que faz downloads de torrents e pronto: a felicidade vem na sequência.
Os arquivos são na maioria muito grandes, portanto é necessária uma conexão legal de internet para que não fiquem semanas baixando um único arquivo e desanime do processo.
Conhecer um pouco a respeito do material desejado também é importante pois existem muitos registros feitos de forma bastante precária e a qualidade não é legal.
O bacana do site é que o número de membros é relativamente pequeno - um pouco mais de 900 - e a grande maioria deles faz questão de explicar muito bem as condições, data de gravação, local e formato do material que existe ali, ou seja, um trabalho muito caprichoso mesmo e feito por gente que gosta e conhece o assunto.

Há muitos anos comprei uma cópia horrível em VHS do Rises Over Japan, um video promocional do Purple que foi lançado em 1985, relançado anos depois somente no Japão no formato LD e em seguida desapareceu do mercado.
Não se trata de um video muito raro pois hoje em dia é facilmente encontrado na internet ou em redes P2P para download, porém com uma resolução sofrível. Basicamente, dois arquivos desse video rodam as redes: um com cerca de 300MB e outro com pouco mais de 600MB, ou seja, só pelo tamanho desses arquivos já dá para sacar que coisa boa não é.

No Purple Perfect existe um arquivo em DVD desse video, com menu profissional e até um extra com algumas fotos daquela passagem da banda pelo Japão. E o melhor: o video é praticamente perfeito pois algum maluco conseguiu extrair das masters originais, dirigido por Tony Klinger. Emocionante.
Você poderá encontrar muitas outras raridades da banda em qualidade surpreendente, como os 40 minutos do video de 74 feito por estudantes universitários, mais conhecido como Leeds Polytechnic Project 1974, ou a apresentação da MKI em 1968, no programa Playboy After Dark, além, é claro, de inúmeros outros videos e bootlegs das décadas de 80, 90 e 2000.
Há também itens raríssimos do Rainbow, Ian Gillan, Jon Lord, Glenn Hughes e outros que farão a alegria de muita gente que, como eu, adora correr atrás dessas porcarias, no bom sentido, é claro!
E pensar que tem gente que ainda acha a internet uma besteira...
Acesse o Perfect Purple e faça a festa!