Os princípios do Câmara de Eco.

A finalidade do Câmara de Eco é funcionar como modesta referência para aqueles que procuram novos e velhos sons, publicando informações e indicando bons trabalhos merecedores de audição mais atenta.
Da mesma forma que um amigo empresta um CD a outro, faço questão de apresentar a você, internauta amigo e amiga, boas amostras de rock, jazz, progressivo, blues e folk, e com isso, espero, possamos divulgar a música vista como forma de arte e não como um produto qualquer dentro de uma caixinha acrílica.
Abraços e boa diversão!
Lucon

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Vamos aproveitar as oportunidades!





















Pessoal, para quem gosta de uma cerveja extremamente gelada, a imagem acima não faz doer o coração?
Pois é... isso é o que acontece quando vejo uma garrafa quebrada ou determinado album quando está com baixíssima procura.
Como o Câmara de Eco tenta manter permanentemente seus arquivos, fica fácil visualizar aqueles mais e menos procurados.
Tenho observado o perfil daqueles que acessam o blog através da enquete ao lado direito - eis a finalidade dele - e sei que que a maioria é apreciadora de hard'70 e progressivo, mas tem um montante de arquivos com baixíssima procura e que merecem pelo menos uma audição, então vamos nessa:

Miles Davis - In A Silent Way
Dust - Hard Attack
Wendy & Bonnie - Genesis
Rolling Stones - Sticky Fingers
Erik Norlander - Into The Sunset
The Jimmy Rogers All-Stars - Blues Blues Blues
Roadsaw - See You In Hell
Ira! - Psicoacústica
Southern Rock Allstars - Danger Road
Fat Mattress - Fat Mattress

O download é rápido, se não gostar do trabalho, é só deletar e bola pra frente. Se gostar, divulgue entre os amigos.
Olhe só: o Câmara de Eco é um dos poucos blogs que tem a preocupação com o que publica, por isso não utiliza links de terceiros que podem desaparecer de uma hora para outra e deixar você "na mão".
Aqui é o espaço onde gregos e troianos dividem suas atenções e expressam suas opiniões, ainda que passados quatorze meses da primeira postagem.

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Valhalla - Valhalla




"Meu Deus, parem as máquinas!!" Assim diria Roberto Avallone se ouvisse esse petardo do final dos anos sessenta, mais precisamente de 1969.
O Valhalla é mais uma banda que nasceu morta, lançou um único álbum e não entrou para os anais da história porque seu trabalho se perdeu em algum ponto do passado.
Graças também a incrível tecnologia digital - a mesma que me permite escrever aqui - podemos ressuscitar esse trabalho e enfim fazermos justiça simplesmente ouvindo esses caras e indicando aos amigos.
O Valhalla fazia um som calcado no órgão Hammond do novaiorquino Mark Mangold e na guitarra pesada de Don Krantz, ora hardão, ora tendenciosamente progressivo mas muito equilibrado, lembrando algumas passagens de Cream, Spooky Tooth e Andromeda, ou seja, exatamente aquilo que explodia na Inglaterra naquele glorioso período.
Não rasgo a seda para qualquer coisa que chega aos meus tímpanos, mas esse Valhalla é demais. O play abre com a porrada Hard Times e segue variando entre canções menos pesadas e bem trabalhadas, como a belíssima Deacon, acompanhada por uma orquestra.
Heads Are Free e Overseas Symphony tem um punch mais rock 'n' roll enquanto Roof Top Man tem um acento jazzy.
Completava o Valhalla o excelente vocalista Bob Hulling, o baixista Rick Ambroser e o batera Eddie Livingston.
Hardão de primeira curiosamente vindo dos EUA, item de colecionador.

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segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Próximas postagens!

O Câmara de Eco é um blog que tem a preocupação em trazer boa música a todos, independente de classe social, credo ou ideologia política, sem fins lucrativos, sem pop-ups e sem propagandas (apenas uma ao lado, que não está virando nada!).
Democrático, acima de tudo, por isso disponibiliza um pouquinho de tudo: jazz, rock, funk, blues, progressivo e folk.
Seguindo esse conceito, nas próximas postagens teremos músicos e bandas geniais como Colin Scot, Violeta de Outono, Exmagma, Wild Turkey, Deus Ex Machina, Spirit, Gordon Haskell, James Gang, Ramatam, ELF, The Beach Boys, Valhalla, Leon Thomas e muitos outros.
Ouça os discos e faça seu comentário: lembre-se sempre que uma boa opinião estimula o surgimento de novos apreciadores, despertando o interesse e a curiosidade de quem lê.
Grande abraço à todos!

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Hot Tuna - Burgers / Phosphorescent Rat







Justiça seja feita: se existe uma banda tão boa quanta aquela que a originou, essa banda é o Hot Tuna.
Formado em 1969 pelos ex-integrantes de Jefferson Airplane, Jack Casady (baixo) e Jorma Kaukonen (guitarra), a carreira do Hot Tuna estendeu-se ao longo das décadas, mesmo que passando por inúmeras mudanças de formação, mas sempre mantendo seu núcleo criativo em torno da dupla Casady & Kaukonen, até chegar aos dias atuais muito bem, obrigado.
Ao contrário dos remanescentes do Jefferson Airplane que durante os anos 70 mudaram o nome da banda para Jefferson Starship e Starship e, pior, se renderam ao pop comercial tipicamente feito para FM's, o Hot Tuna manteve-se fiel em sua proposta acústica e elétrica de versões originais e tradicionais do bom e velho blues, respeitando seus fãs e abrindo mão do sucesso comercial.
Burgers (1972) e Phosphorescent Rat (1973) são respectivamente, o terceiro e quarto disco dessa maravilhosa banda e apresentam um material digno de um grande ícone dos anos 70, uniforme e emocionante.
Variam entre canções acústicas e elétricas, muito bom para assimilar aos poucos as idéias dos dois trabalhos e degustar cada um deles de maneira sossegada.
Em Burgers a banda contava com Papa John Creach (violino e vocais) e Sammy Piazza (bateria). Já em Phosphorescent Rat estavam reduzidos a um trio, sem a presença de Papa John Creach, e não tinham a mesma pegada bluseira do trabalho anterior, em compensação, é um tremendo álbum de rock and roll.
Sem exageros, um dos melhores dos anos 70. Coloca muita banda dita grande da época no bolso.
Sugiro que ouça os dois álbuns e tenha uma noite mais tranquila e menos agitada.

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Blodwyn Pig - Ahead Rings Out / Getting To This







Essa é uma das "pernas" mais bacanas do Jethro Tull, formado por seu ex-guitarrista Mick Abrahams logo depois que gravou This Was em 1968, o álbum de estréia do Jethro.
Ao lado de Jack Lancaster (saxofone), Andy Pyle (baixo) e Ron Berg (bateria) gravou apenas dois álbuns, Ahead Rings Out (1969) e Getting To This (1970).
Basicamente, o som do Blodwyn Pig é calcado no blues-rock, porém, com algumas influências de jazz e folk, e um elemento que os diferenciava das demais bandas de blues-rock da época: o uso de saxofones, violino e flautas por conta de Jack Lancaster. Um aperitivo especial que dava charme e muita energia ao som da banda.
Mick Abrahams toca muito bem sua guitarra nos dois álbuns, além de assumir a responsabilidade dos vocais.
Ahead Rings Out até lembra This Was do Jethro em algumas passagens. Também não poderia ser diferente, Mick Abrahams desentendeu-se com Ian Anderson, vocalista do Jethro, justamente porque a banda estava mudando seu direcionamento musical, distanciando-se do blues e do jazz.
A banda virou pó ainda em 1970 mas ao longo dos anos promoveram várias reuniões e até lançaram dois álbuns de estúdio nos anos 90.
Além de agradar aos rockers, esses dois trabalhos pegam na veia do blues em músicas como Up And Coming, It's Only Love, Dear Jill e Summer Day.
Agora... se você quer mesmo trincar as paredes de casa, aumente o volume e ouça Drive Me, See My Way, Send Your Son To Die e Walk On The Water.
Garanto a você que ao ouvir essa incrível banda, nem sentirá saudades dos tempos de Mick Abrahams no Jethro Tull.

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

If - Live In London 1972 / Live In Stockholm January 18, 1972





















Dois álbuns ao vivo dessa maravilhosa banda inglesa de jazz/progressivo chamada If.
Não sou muito adepto de postar álbuns ao vivo aqui no Câmara, prefiro me concentrar nos álbuns de estúdio, mas estou tão fissurado no som desses caras que resolvi postá-los também.
Dois detalhes: não encontrei esses trabalhos em nenhuma discografia oficial da banda, devem ser bootlegs e, segundo, a qualidade de gravação de Live In London 1972 é perfeita, coisa de gente grande mesmo, enquanto que a qualidade de Live In Stockholm é bem inferior, um tanto abafada e carregada nos graves, mas dá para ouvir sem grandes prejuízos.
Vale para aqueles que estavam à procura dessa gravação raríssima e agora podem desfrutá-la.
Como disse em uma postagem anterior, meu ouvido não é pinico, não tenho saco para bootleg mal gravado só porque é raro, mas esse If Live In Stockholm eu daria nota 7, ou seja, quebra o galho numa boa.
Leia mais sobre o If em outras postagens aqui no Câmara.
Tracklist:
Live In London 1972
01 The Light Still Shines
02 What Did I Say About The Box, Jack?
03 Waterfall
04 Seldom Seen Sam

Live In Stockholm January 18, 1972
01 Child Of Storm
02 Reaching Out On All Sides
03 Your City Is Falling
04 Seldom Seen Sam
05 Fibonacci' s Number
06 Forgotten Roads

Paul Kantner - Blows Against The Empire



















Blows Against The Empire é o primeiro álbum solo do guitarrista do Jefferson Airplane, Paul Kantner, lançado em 1970.
Apesar de levar o subtítulo de Paul Kantner and Jefferson Starship, esse trabalho conceitual do guitarrista está mais para o rock and do roll do Airplane do que para o pop do Starship.
Pode-se dizer que esse é uma continuação da proposta do Airplane já que apresenta canções geniais como Let's Go Together, Starship e A Child Is Coming, totalmente inspiradas no som psicodélico que tanto a banda californiana ajudou a criar.
Paul Kantner convidou uma turma legal para colaborar no álbum, como David Crosby (guitarra e vocais), seus companheiros de Jefferson Airplane Peter Kaukonen (guitarra), Jack Casady (baixo) e Grace Slick (vocais), Jerry Garcia (guitarra e vocais) e Graham Nash (vocais).
Assim como If I Could Only Remember My Name, álbum lançado em 1971 por David Crosby, esse disco conceitual de Paul Kantner é uma relíquia da época, o máximo do despretensioso e de como os músicos de bandas diferentes se reuniam para, simplesmente, gravarem um diamante lapidado.
Bons tempos aqueles que registraram encontros históricos.

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segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Alan White - White











Depois de muitos e muitos anos dedicando-se ao Yes, o baterista Alan White resolveu soltar seu segundo álbum solo no mercado, intitulado apenas White (2006) e com isso também formou a banda White, aproveitando a folga do Yes nos últimos anos.
A tendência natural da vida é que fiquemos mais velhos e nos enterremos em nossos conceitos. Ultimamente estou sendo do "contra". Estou curtindo demais os trabalhos da turma do Yes fora da banda, pelo simples fato de fazerem coisas diferentes do padrão Yes.
Valorizo muito a turma mais velha que parte para novas sonoridades e a galera mais nova que bebe nas fontes do passado... vai entender.
Enfim, White é um disco legal pra caramba. Não espere nada de progressivo nele ou algo parecido com o que Alan White e seus amigos fizeram no excelente Ramshackled (1975), seu primeiro tabalho solo, também postado aqui no Câmara.
White é um projeto propriamente dito, com quem Alan White fez alguns shows entre 2006 e 2007. Na banda estão o baixista Stephen Boyce, o guitarrista Karl Haug, o tecladista Geoff Downes e o vocalista Kevin Currie.
Ouça, sem muitas exigências, canções legais e pegajosas como Once And For All, Mighty Love, New Day, Fate e Beyond The Sea Of Lies.

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Greg Lake - King Biscuit Flower Hour Presents Greg Lake In Concert


















Greg Lake foi um dos fundadores do King Crimson, com quem gravou os dois primeiros álbuns da banda, In The Court Of The Crimson King (1969) e In The Wake Of Poseidon (1970). Logo depois formou o power trio Emerson Lake & Palmer, ao lado do tecladista Keith Emerson e do baterista Carl Palmer.
O ELP esteve na ativa até o ano de 1978, ano em que penduraram as chuteiras e cada integrante partiu para projetos individuais.
O baixista e vocalista Greg Lake gravou dois álbuns solo logo no começo da década de 80 com a participação do guitarrista irlandês Gary Moore: Greg Lake (1981) e Manoeuvres (1983).
Diga-se de passagem, nem sombra de seus tempos áureos com o King Crimson e ELP, mas serviu de base para uma boa turnê naquela época.
Um dos concertos foi registrado para o programa King Biscuit Flower Hour e foi lançado em CD em meio a série que invadiu as lojas no ano de 1995, entre vários outros títulos de inúmeras bandas e músicos.
O interessante nessa apresentação é que Greg Lake abandona o baixo e toca guitarra, além de desfilar seu vozeirão em músicas de seus discos solo, do King Crimson, ELP e Gary Moore, como Nuclear Attack e Parisienene Walkways.
Se você "escutar" esse belíssimo show com "olhos" progressivos vai detestar o disco. Mas se gosta de inovações ou releituras, vai adorar o punch e os arranjos que o grande Gary Moore criou para a turnê.

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