Os princípios do Câmara de Eco.

A finalidade do Câmara de Eco é funcionar como modesta referência para aqueles que procuram novos e velhos sons, publicando informações e indicando bons trabalhos merecedores de audição mais atenta.
Da mesma forma que um amigo empresta um CD a outro, faço questão de apresentar a você, internauta amigo e amiga, boas amostras de rock, jazz, progressivo, blues e folk, e com isso, espero, possamos divulgar a música vista como forma de arte e não como um produto qualquer dentro de uma caixinha acrílica.
Abraços e boa diversão!
Lucon

sábado, 22 de novembro de 2008

Captain Beefheart And The Magic Band - Doc At The Radar Station































Esse Don Van Vliet, vulgo Captain Beefheart, é um doente mental, desequilibrado e absolutamente genial!!
Comecei a curtir o som de Captain Beefheart And The Magic Band há pouco tempo e foi o suficiente para me viciar nessa loucura.
Vindo da mesma escola de Frank Zappa, esse retardado do Captain Beefheart propõe uma nova direção musical, diferente daquela que cotumamos chamar de rock, jazz, erudito ou blues.
Isso é rock mas visto de uma ótica completamente diferente da tradicional, em que você poderia dividir com os amigos ou a família o prazer de ouvir música.
Captain Beefheart não pode ser dividido com ninguém, a não ser em um blog que propõe essa comunhão, pois Captain Beefheart And The Magic Band está fora dos padões melódicos ou prazerosos de ouvir música, seja qual estilo for.
Run Paint Run Run é o exemplo máximo de loucura abstrata dessa banda, afinal de contas todos temos um pouco de loucura dentro de si, mas não é explícita.
Se você sofre de problemas de depressão ou insônia, passe longe dessas músicas zen ou com barulhinos de floresta e cachoeiras e rios: caia de cabeça no mundo de Captain Beefheart pois aqui a loucura musical é real e concreta. Não há sonhos ou viagens de um mundo ideal proposto pelos Beatles em Sgt. Peppers, por exemplo.
A loucura e estress existe sim em cada dia de nossas vidas e temos que enfrentar isso quando o maldito despertador toca às 6h da manhã na segunda-feira.
É muito fácil enfrentarmos aquilo que nos parece familiar mas é muito difícil encaramos o desconhecido. Doc At The Radar Station é o desconhecido não-abstrato que tive que enfrentar e aprendi a gostar, mesmo escondendo minhas audições de baixo de um fone de ouvidos, caso contrário minha mulher pediria divórcio.
Best Batch Yet é o caos, o dilúvio, a tsunami que não sabemos compreender no momento do fato, mas que compreendemos após o desastre e até entendemos a razão pelo qual sua existência é necessária: para separar aqueles que sofrem com a loucura, daqueles que amam a loucura.
Doc At The Radar Station deve ser ouvido diversas e diversas vezes para podermos compreender a proposta musical de Captain Beefhart, onde a melodia fica em segundo plano e musicalidade quase matemática é o plano principal, axato.
Não sei se expliquei alguma coisa aqui, mas proponho que baixe essa arquivo, afinal de contas você chegou ao fim do texto. Game over.

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