Os princípios do Câmara de Eco.

A finalidade do Câmara de Eco é funcionar como modesta referência para aqueles que procuram novos e velhos sons, publicando informações e indicando bons trabalhos merecedores de audição mais atenta.
Da mesma forma que um amigo empresta um CD a outro, faço questão de apresentar a você, internauta amigo e amiga, boas amostras de rock, jazz, progressivo, blues e folk, e com isso, espero, possamos divulgar a música vista como forma de arte e não como um produto qualquer dentro de uma caixinha acrílica.
Abraços e boa diversão!
Lucon

segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

Gentle Giant - Free Hand





















Eles não fizeram suites de vinte minutos, não lançaram albuns duplos, não gravaram com orquestra e tão pouco tocaram em grandes arenas para 50 mil expectadores.
Apesar de tudo isso, o Gentle Giant é o maior grupo de Progressivo do mundo.
Somente, e tão somente, por sua incrível música complexicamente harmônica, riquíssima pelas influências do jazz, erudito, música medieval inglesa e pela expetacular habilidade de todos seus integrantes em tocar vários instrumentos diferentes.
Escrever a respeito do Gentle Giant é até simples, mas vê-los tocando ao vivo, em um dos dois DVD's oficiais que há no mercado, é de arrepiar. Vou fazer uma comparação apenas para visualizarmos esse fato: se você ouviu muito Dream Theater e ficou espantado com a performance ao vivo dos caras, ficará ainda mais impressionado quando ver a habilidade do Gentle Giant tocando! O que o Dream Theater faz hoje em dia, em termos técnicos, o Gentle Giant já fazia há 30 anos atrás - respeitando a diferença de estilos, é claro.
Todos os integrantes do Gentle Giant são incríveis, mas uma figura em especial "destruia" tudo: o tecladista, violoncelista, xilofonista e guitarrista Kerry Minnear.
O som do Gentle Giant está mais próximo de qualquer outra coisa do que do rock 'n' roll propriamente dito. Portanto, se você é apreciador de jazz, erudito ou música clássica, não tenha receios em ouvir Gentle Giant. Sua música é universal e a rotulamos de Rock Progressivo por conveniência. Acredito eu que esse grupo vai muito além de uma "simples" banda de Rock Progressivo.
Free Hand não é o melhor disco da banda, mas é o primeiro que ouvi, graças à minha amada esposa, que o apresentou à mim quando ainda namorávamos.
O Gentle Giant não tem essa de "viajem" ou "que som maluco!". Todos os seus trabalhos são reais e eram apresentados ao vivo com a maior fidelidade possível por seus integrantes. Portanto, não espere música para preencher "os espaços vazios". Tudo é milimetricamente calculado, pensado e planejado, construindo uma teia sonora interligada, onde cada instrumento é tão importante quanto o papel de seu executor. Não importa se o baixo está sendo tocado pelo vocalista ou se a flauta é soprada pelo guitarrista ou pelo tecladista: a música flui e isso é o que realmente importa.
Eis a chave do Gentle Giant: a música flui naturalmente e com precisão cirúrgica, pelos seguintes MÚSICOS: Derek Shulman - vocais principais, saxofone e baixo; Ray Shulman - baixo, violino e trompete; Kerry Minnear - teclados, violoncelo, xilofone, guitarra e vocais; Gary Green - guitarras, flauta e vocais; John Weathers - bateria, percussão, xilofone, guitarra e vocais.

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