Os princípios do Câmara de Eco.

A finalidade do Câmara de Eco é funcionar como modesta referência para aqueles que procuram novos e velhos sons, publicando informações e indicando bons trabalhos merecedores de audição mais atenta.
Da mesma forma que um amigo empresta um CD a outro, faço questão de apresentar a você, internauta amigo e amiga, boas amostras de rock, jazz, progressivo, blues e folk, e com isso, espero, possamos divulgar a música vista como forma de arte e não como um produto qualquer dentro de uma caixinha acrílica.
Abraços e boa diversão!
Lucon

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Led Zeppelin - Physical Graffiti











Outra banda sem que tenha que fazer alguma crítica negativa (quem sou eu para isso?).
Uma das poucas uniformes, tanto musicalmente quanto como profissionais. A morte de seu baterista John Bonham em 1980 foi tão dolorosa que decretou o fim da banda. Não podiam continuar como Led Zeppelin com outro baterista, grande prova de respeito pelo amigo e companheiro de banda.
Até acho que poderiam seguir em frente com outro batera, talvez encontrassem um músico tão bom quanto ele, mesmo sendo quase impossível, mas não foi essa a questão. A unidade Led Zeppelin havia quebrado, portanto não dava mesmo. É como um vaso raríssimo: depois que quebra perde o valor, não adianta colar.
Physical Graffiti (1975) é o sexto trabalho da banda e conta com várias faixas até então inéditas, gravadas anos anteriores e outras oito gravadas em 1974, exatamente para o álbum que, na época, foi lançado como LP duplo.
Muitos o consideram o melhor trabalho do Led Zeppelin. Eu não consigo escolher "um melhor", todos são excelentes, mas se você ouviu pouco ou quase nada de Led até agora, então comece por ele.
Cogitou-se em 1974 uma possível saída do baixista John Paul Jones, fato que, ainda bem , não se concretizou.
Jimmy Page e Robert Plant, assim como Lennon & McCartney e Jagger & Richards formam o duo mais importante da história.
É impressionante a afinidade e ligação que une esses dois músicos excelentes. Cada qual em sua função desfila com certeza entre os melhores do rock.
Além de faixas simplesmente brilhantes como The Rover, Houses Of The Holy, o hino Kashmir, Down By The Seaside, Ten Years Gone e Night Flight, o álbum contava também com uma produção primorosa de sua arte gráfica: a versão em LP trazia elementos vazados nas janelas do prédio que está na capa. Podiam-se trocar as figuras mudando a posição dos dois encartes. Os Stones fizeram o mesmo com Some Girls em 1976.
Esse é mais um detalhe que o advento do CD enterrou. Aliás, o CD conseguiu enterrar a arte, propriamente dito pois, além de reduzir o tamanho das capas também alterou as frequências da gravação, que são mais altas e consequentemente houve perdas das frequências mais baixas.
Enfim, não importa em qual frequência seja, ouça esse álbum essencial em sua coleção.

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