Os princípios do Câmara de Eco.

A finalidade do Câmara de Eco é funcionar como modesta referência para aqueles que procuram novos e velhos sons, publicando informações e indicando bons trabalhos merecedores de audição mais atenta.
Da mesma forma que um amigo empresta um CD a outro, faço questão de apresentar a você, internauta amigo e amiga, boas amostras de rock, jazz, progressivo, blues e folk, e com isso, espero, possamos divulgar a música vista como forma de arte e não como um produto qualquer dentro de uma caixinha acrílica.
Abraços e boa diversão!
Lucon

domingo, 24 de maio de 2009

Diagonal - Diagonal









































Sinceramente, desde que comecei a ouvir e entender música aos 13 anos, em 1989, não via uma banda inglesa de rock progressivo que me chamasse tanta atenção e, acima de tudo, que estimulasse meus sentidos e tocasse profundamente meu coração.
Teclando no MSN com meu amigo Rodrigo Ferreira, disse-me que viu um clip desses caras na horrenda MTV, em um programa noturno, e me indicou a audição do grupo.
Por incrível que pareça, encontrei no eMule o único álbum dos caras, homônimo, lançado ano passado.
O complexo septeto é formado pelos multinstrumentistas David Wileman (guitarra, percussão e teclados), Nicholas Whittaker (saxofone, flauta e teclados), Alex Crispin (teclados e vocais), Daniel Pomlett (baixo, guitarra), Nicholas Richards (guitarra), Ross Hossack (teclados e percussão) e Luke Foster (bateria e teclados).
Arranjos intrincados, forte influência do jazz e uma massa de teclados, sintetizadores, metais e sopros que levam a seguinte pergunta: será mesmo uma banda atual?
Progressivo latente até a última instância, sem precedentes. Até parece que a ilha da rainha parou no tempo e de lá saiu uma banda que até então só competia com Gentle Giant, King Crimson e If.
Só a primeira faixa (sim, faixa, porque o Diagonal também prensou esse trabalho em LP) ouvi umas seis vezes seguidas. Anote aí o título da pérola: Semi-Permeble Men-Brain.
O álbum se desenvolve e passamos por outras maravilhas como Child Of The Thundercloth, com seus acordes dissonantes de guitarra, até chegarmos a última música, Pact, uma pequena suite de 14 minutos com um belo trabalho de bateria a cargo de Luke Foster.
O Reino Unido, berço do rock progressivo, nos devia há muito tempo um trabalho digno de respeito.
Baixe agora o Diagonal e jogue na cara dos idiotas que ainda insistem em dizer que "rock progressivo é música jurássica".
Sim, somos jurássicos, gostamos de música feita e tocada por seres humanos e não a apreciamos por modismos ou tendências, mas sim pelo valor que possui.
E valores não se perdem com o tempo.

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